Um dia saí a caminhar. Sózinho, como sózinho tem sido meus dias, envolto em nuvens de dúvidas e pensamentos.
Por um instante me detive frente a um cachorro, sim um cachorro, igual a tantos que perambulam por nossa cidade.
Acho que ele gostou de mim, levantou-se e abanou sua cauda, ou seria rabo? Você já notou que todo louco sempre tem um cachorro por perto?
Com certeza esse cachorro teve uma mãe. Nasceu em uma ninhada. Talvêz teve filhos com uma cadela. Hoje está sózinho, esperando por uma migalha.
Assim tem sido comigo, sempre esperando ao menos uma migalha. Não de pão, quem sabe... uma migalha de sentimento, que viesse ao menos preencher em parte o vazio que eu mesmo provoquei.
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