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junho 19, 2012

Gaúcho é eleito deputado na França

A maioria conquistada pelo partido do socialista François Hollande nas eleições legislativas francesas no domingo teve um significado especial para Eduardo Cypel, gaúcho de Porto Alegre e naturalizado francês que se tornou o primeiro franco-brasileiro a conquistar uma cadeira na Assembleia Nacional do país.
“Não tem vitória fácil, é sempre uma conquista, e é fruto de um trabalho intenso feito principalmente em campo. O pessoal que me apoiava, todos os militantes que queriam essa mudança, trabalhou muito, colocou toda a energia e conquistamos”, disse por telefone de Paris, nesta segunda-feira (18/06).
Eleito pela 8ª circunscrição da região de Seine-et-Marne, onde fica o município em que se lançou na política, Torcy, ele conta que uma mudança nas regiões eleitorais francesas desfavorecia o Partido Socialista. “Houve ma mudança eleitoral há uns dois anos na França para favorecer a direita, mas desmentimos com bastante força esse recorte”, comemora.
Além da força da militância, Cypel credita o êxito dos socialistas, após 14 anos fora do poder na França, a uma vontade de mudança. “O que o povo sentiu nesses últimos cinco anos com Sarkozy foi principalmente injustiça. Os esforços não eram justamente partilhados. O desejo de mudança se expressou de forma clara na eleição do presidente Hollande e se confirmou nas eleições legislativas.”
Sem nenhum ascendente francês, ele conta que a família se mudou para a França em 1986, quando o pai foi cursar pós-doutorado, e acabou ficando. A naturalização francesa veio em 1998 e em 2004 Cypel decidiu se filiar ao Partido Socialista, como militante.
Formado em Filosofia, o deputado eleito de 36 anos, que diz se inspirar em Hollande e no ex-presidente Lula, foi eleito vereador pela cidade de Torcy em 2008 e em seguida conselheiro regional da Île-de-France, o equivalente a deputado estadual no Brasil.
Agora na Assembleia Nacional, o Congresso francês, ele diz querer pôr em prática as promessas que fez durante a campanha, tendo como prioridade a criação de empregos e a educação.
“Agora é levantar o país, aplicar o projeto do presidente da República e batalhar para que seja aplicado no meu território, de forma que participe dessa dinâmica nova que a gente quer dar para o país e que tem que replicar para todos os cantos da França”, afirma.

(G1)

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