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abril 05, 2012

Extrativista do AM ameaçada de morte por conflitos agrários é executada

A polícia investiga a morte da trabalhadora rural amazonense Dinhana Nink, de 28 anos, assassinada na madrugada de sábado (31/03) em Nova Califórnia, Rondônia. O filho da vítima, de cinco anos, testemunhou o crime. Ela era natural de Lábrea, município a 610 km de Manaus, e estava na lista elaborada pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) de pessoas ameaçadas de morte na Amazônia por conflitos agrários.
A CPT informou que a vítima disse, dias antes de ser assassinada, que estava sendo seguida por dois homens em motocicletas. Segundo a Comissão, a dupla acompanhava diariamente o trajeto da agricultora do trabalho à casa. Na madrugada de sábado (31/03), os pistoleiros invadiram a casa da trabalhadora rural quando ela se preparava para dormir e a mataram, na frente do filho de cinco anos, com um tiro de espingarda no peito.
De acordo com a coordenadora da CPT do Amazonas, Francisneide Lourenço, em novembro de 2011, a extrativista foi agredida fisicamente e perdeu a casa, localizada no Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Gedeão, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em um incêndio criminoso.
Ainda segundo a CPT, Dinhana era ameaçada de morte por grileiros da região do Sul de Lábrea. As ameaças começaram após a agricultora denunciar à polícia a agressão física cometida pelo filho de uma mulher suspeita de extração ilegal de madeira e grilagem no município. "Esta mulher passou a dizer que ia mandar matá-la. Tacaram fogo na casa dela e contrataram pistoleiros para tirar a vida da agricultora", ressaltou Francisneide.
A Comissão da Pastoral informou ainda que mais duas pessoas estariam na lista de pessoas ameaçadas por este grupo de grileiros. "Segundo informações, os pistoleiros foram contratados para matar três pessoas. Uma já foi, mas não sabemos quem são os outros dois", disse a coordenadora da CPT no Amazonas.



(G1)

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