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março 28, 2012

Em viagem à Índia, Dilma ataca protecionismo 'perverso'

A presidente Dilma Rousseff retomou nesta quarta-feira, (28/03), seu tema recorrente em torno da crise internacional, ao condenar "políticas expansivas que ensejam uma guerra cambial e introduzem no mundo novas e perversas formas de protecionismo".
É uma alusão à catarata de recursos que os bancos centrais dos países ricos estão despejando em suas economias para destravá-las, o que provoca sobra de dinheiro e, por extensão, a invasão de mercados, como o brasileiro, que oferecem juros atrativos.
A consequência é a valorização do real, o que atrapalha as exportações brasileiras - daí a menção à "formas perversas de protecionismo".
O discurso foi pronunciado na cerimônia de entrega do título de "doutor honoris causa" pela Universidade de Nova Déli, a capital indiana.
'MERAS MEDIDAS DE AUSTERIDADE'
Vestida com a capa tradicional vermelha com bordados dourados, Dilma voltou a atacar, como o faz a cada viagem, o modelo de combate à crise por meio de "meras medidas de austeridade, consolidação fiscal e desvalorização da força de trabalho", predominante na Europa.
A visão desenvolvimentista de que Dilma é adepta prega que o ajuste fiscal não deve ser feito isoladamente sem o apoio de estímulos para o crescimento econômico.
O discurso todo foi a reafirmação de pontos caros à diplomacia brasileira. Dilma defendeu, por exemplo, "o diálogo e a diplomacia" e rejeitou "as ações unilaterais e as doutrinas que enfatizam o uso da força, as atitudes preconceituosas e intolerantes".
Defendeu ainda a reforma das instituições de governança global, "inclusive o Conselho de Segurança" [das Nações Unidas], que é o coração do sistema internacional.
Cobrou "a presença permanente de Brasil e Índia nos organismos que deliberam sobre a paz e a segurança global", o que seria, segundo ela, "um consenso entre aqueles que prezam o multilateralismo".
O Brasil reivindica há anos um lugar entre os membros permanentes do CS, hoje restrito aos vencedores da 2.a Guerra Mundial (Estados Unidos, China, Rússia, França e Reino Unido). São os únicos que têm poder de veto, o que acaba amarrando o sistema.

(folha.com)

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