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maio 08, 2012

PR é o terceiro em homicídios femininos

O Paraná é o terceiro Estado com maior número de homicídios de mulheres no Brasil, registrando 6,3 assassinatos em cada 100 mil mulheres. A informação faz parte do estudo ''Mapa da Violência 2012 - Homicídios de Mulheres no Brasil'', divulgado ontem, (07/05), pelo Instituto Sangari. O índice refere-se ao ano de 2010 e a análise é feita com base no Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde. Em primeiro lugar no ranking está Espírito Santo, com 9,4 mortes para 100 mil mulheres e, em segundo, Alagoas, com taxa de 8,3. Os outros dois Estados vizinhos da região Sul estão em 18º lugar (Rio Grande do Sul) e 23º (Santa Catarina).
O Paraná também está no topo da lista das cidades que registram mais casos de homicídios femininos. O relatório analisou os municípios com mais de 26 mil mulheres e Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), ficou na segunda colocação, com taxa de 24,4 crimes. A primeira colocada foi Paragominas, no Pará, com taxa de 24,7. As outras cidades paranaenses que aparecem entre as 97 primeiras colocadas são: Araucária, Fazenda Rio Grande, Telêmaco Borba, União da Vitória, Foz do Iguaçu, Curitiba, Pinhais, São José dos Pinhais, Colombo e Guarapuava.
Segundo o Mapa da Violência, foram assassinadas no Brasil cerca de 91 mil mulheres entre 1980 e 2010, sendo 43,5 mil só na última década. O aumento anual dos casos foi de 217,6%, passando de 1.353 em 1980 para 4.297 em 2010. Esses números colocaram o Brasil em 7º lugar entre os países com maior taxa de homicídios femininos - são 4,4 assassinatos para 100 mil mulheres. Em primeiro lugar está El Salvador (10,3).
Assim como acontece nos homicídios masculinos, as armas de fogo são os principais instrumentos causadores das mortes. No caso dos homens, elas representam 3/4 dos incidentes, enquanto no caso das mulheres, as armas de fogo são responsáveis por metade dos crimes. Outro ponto chama a atenção: 40% das mulheres foram mortas em suas residências, concluindo-se que a violência doméstica é um fator importante. A maior parte das vítimas tinha entre 15 e 29 anos.
O delegado Rubens Recalcatti, titular da Delegacia de Homicídios de Curitiba, não se surpreende com a posição do Paraná no relatório do Instituto Sangari, lembrando que o Estado notifica todas as mortes violentas, que passam a fazer parte realmente das estatísticas. ''Será que os outros Estados também estão fazendo isso?'', questiona. Ele acredita que o crescimento de homicídios femininos deve-se a fatores como o maior envolvimento da mulher com as drogas, o tráfico de entorpecentes e a criminalidade. Também acredita que o aumento dos casos deve-se ao envolvimento delas com maridos e namorados criminosos e violentos e com a liberdade que elas vem conquistando nos últimos anos e que as colocam em situações mais arriscadas do que as mulheres de gerações passadas.


(folhaweb)

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