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fevereiro 23, 2012

Saúde determina interdição de lotes de salsichão

A Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa) determinou a interdição cautelar de todos os lotes do Salsichão Piquiri em nylon, fabricado pela Indústria e Comércio de Carnes e Frios Richter Ltda de Alto Piquiri (a 201 km de Maringá). A nota técnica da Sesa foi divulgada na quarta-feira (22/02) e alerta aos consumidores que possuem o produto em casa para que não o consuma.
Segundo investigação da Sesa, o produto está relacionado com quatro casos de botulismo em Alto Piquiri e Iporã; em três deles há confirmação clínica e histórico de ingestão do produto.
Conforme a Sesa, dois pacientes morreram e dois encontram-se em recuperação após receberem o soro antibotulínico. O primeiro apresentou sintomas em 14 de janeiro, recebeu tratamento, mas morreu em 25 de janeiro, não sendo à época diagnosticado como caso de botulismo. O segundo demonstrou sintomas no dia 25 de janeiro e apresentou resposta terapêutica positiva depois receber o soro antibotulínico, com estabilização do quadro e melhora até obter alta hospitalar na semana passada. O terceiro caso apresentou sintomas no dia 12 de fevereiro e foi internado em 15 de fevereiro; no entanto, teve o quadro se agravado por ser portador de outras patologias (anemia e problemas renais) e morreu em 20 de fevereiro. O quarto caso apresentou sintomas graves em 21 de fevereiro e encontra-se internado em um hospital de Umuarama.
Desde a semana passada, equipes da vigilância sanitária estadual e dos municípios estão percorrendo o comércio da região para a interdição do produto. Amostras do salsichão também foram colhidas para análise laboratorial. A empresa informou à Sesa que paralisou a produção e irá recolher o produto do mercado.
Botulismo
O botulismo é uma doença grave causada pela ingestão da toxina botulínica presente em alimentos embutidos, enlatados e em conserva produzidos em condições sanitárias precárias, o que permite a germinação do esporo da bactéria Clostridium botulinum. Os principais sintomas são visão turva, visão dupla, saliva grossa, insuficiência respiratória, dificuldade para falar e engolir, náusea, vômito, diarreia, dor abdominal, vertigem, tontura e paralisia, que podem ocorrer entre 12 horas e 10 dias após a ingestão do alimento contaminado. O tratamento ocorre em regime hospitalar com soro específico. 60% dos casos sem tratamento evoluem para a morte.
Se você adquiriu o Salsichão Piquiri em nylon, fabricado pela Indústria e Comércio de Carnes e Frios Richter Ltda., de Alto Piquiri, não consuma o produto e o devolva ao local onde foi comprado. A empresa deverá ressarcir os consumidores. As pessoas que tiverem dúvidas podem procurar a Regional de Saúde responsável pelo município para mais informações.

(odiario.com)

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