A artista plástica Tomie Ohtake morreu nesta quinta-feira (12/02), em São
Paulo, aos 101 anos. Ela estava internada desde 2 de fevereiro no
Hospital Sírio-Libanês, na região central da cidade, para tratamento de
uma leve pneumonia. Tomie reagia bem ao tratamento e estava prestes a
ter alta médica, mas na manhã de terça-feira (10/02) engasgou com o café da
manhã e teve uma broncoaspiração seguida de parada cardíaca e foi internada na UTI do hospital.
A assessoria de imprensa do Instituto Tomie Ohtake não soube informar ao G1
a causa da morte. O local e horário do início do velório ainda não
foram definidos, mas é possível que ocorra na sede do instituto, em
Pinheiros, na capital.
Japonesa que se tornou brasileira com o tempo, ela foi uma das figuras
mais importantes das artes plásticas no Brasil. Começou a pintar tarde,
aos 39 anos, e ficou conhecida do grande público com as grandes
esculturas que mudaram a paisagem urbana de São Paulo. Fez mais de 50
exposições individuais e participou de mais de 80 coletivas. Teve uma
carreira produtiva, reconhecida e longa.
"O trabalho faz bem sempre", afirmou em entrevista ao Bom dia Brasil,
da TV Globo, sobre as obras que planejava perto do seu aniversário de
100 anos, em 2013.
A paisagem de São Paulo ganhou a cara de Tomie Ohtake. São criações
dela as curvas coloridas das grandes esculturas que dividem os dois
lados da via expressa da Avenida 23 de Maio (homenagem aos 80 anos da
imigração japonesa no Brasil); os quatro painéis de 2 metros de altura
por 15 de comprimento que representam as estações do ano no metrô
Consolação; as ondas vermelhas de gesso da obra presa ao teto do
Auditório do Ibirapuera; o arco vermelho de 3 toneladas e 12,5 metros de
altura no Brooklin; e o painel de 23 metros de altura na lateral do
prédio que leva seu no Itaim Bibi.
G1
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