Apesar do recuo do Governo do Estado em relação ao pacotaço, a greve
dos professores e funcionários das escolas públicas estaduais entra no
quinto dia e os professores permanecem acampados em frente da Assembleia
Legislativa do Paraná (Alep) até depois do Carnaval. Com isso, 950 mil
alunos permanecem sem aulas, que deveriam ter sido retomadas na última
segunda-feira, 9. De acordo com o Sindicato dos Professores de Escolas
Públicas do Paraná (APP-Sindicato), a retirada da propostas representa
apenas um dos itens das reivindicações da categoria. A adesão à
paralisação é de 100% na categoria, o que equivale a 100 mil
profissionais, segundo as informações do sindicato.
“A nossa greve continua, porque não houve negociação de nenhum outro
ponto da pauta da greve. Estamos em uma greve forte e ficaremos, no
Carnaval, no acampamento em frente ao Palácio Iguaçu”, informou o
presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Leão. Ele também
esclareceu que a retirada dos projetos não é, de jeito nenhum, motivo
para nos desmobilizar. “Diante da pressão, o governo retira as medidas.
Mas, é claro, já fica subentendido que, num outro momento, eles voltarão
a atacar a Educação, a previdência e a carreira dos servidores”,
alerta.
Segundo Hermes, a categoria não sai da greve sem o pagamento imediato
dos salários em atrasos (PSS, 1/3 de férias, auxílio alimentação e
conveniadas). Além disso, a retomada das negociações sobre os temas
educacionais e a organização escolar, bem como a retomada do Porte das
Escolas (tendo como referência mínima dezembro de 2014). “Com as medidas
do governo, houve um verdadeiro desmonte das escolas, com redução de
professores, diretores, pedagogos, funcionários, de turmas e matrículas.
Algo inaceitável”, denuncia Hermes.
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