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abril 07, 2014

Ituano para ataque do Santos, ganha por 1 a 0 e fica perto do título paulista


Para quem esperava mais uma goleada santista para transformar o jogo da semana que vem em uma festa, a derrota por 1 a 0, na tarde de domingo, (06/04), caiu como uma ducha de água fria. Jogando um futebol aguerrido e inteligente taticamente, o Ituano surpreendeu os favoritos, saiu na frente na final do Campeonato Paulista e agora depende de um empate no próximo domingo para conquistar o título.
O fato de jogar uma final de campeonato não mudou a forma de Oswaldo de Oliveira armar a equipe, e o Santos mais uma vez foi a campo com sua formação veloz e extremamente ofensiva. Gabriel, Leandro Damião, Thiago Ribeiro, Cícero e Geuvânio tinham a missão de sufocar o rival em seu campo de ataque e construir uma vantagem para transformar a partida da semana que vem em uma mera formalidade.
Tentar encarar o rival de igual para igual seria suicídio para o Ituano, que na final não dispõe de um arsenal como o Alvinegro. Restava, então, jogar com inteligência. E foi assim que Doriva conseguiu parar o adversário e limitar suas chances a cruzamentos ou lances de abafa. Ex-volante aguerrido, o treinador da equipe do interior entendeu que era preciso ganhar o meio-campo para ter chances de equilibrar a partida e dessa forma povoou o setor para impedir o abastecimento do ataque rival.
Limitar-se a defender não levaria a equipe muito longe, era necessário encontrar uma falha para golpear. Demorou pouco para perceber que era em cima de David Braz que o ataque concentraria suas forças, e o zagueiro justificou as apostas com erros de posicionamento. O mapa da mina estava descoberto, e foi explorado sempre que possível.
Com Josa e Paulinho marcando bem, Esquerdinha teve liberdade para jogar e rapidamente se transformou no principal artuculador da equipe. Num toque de classe, encontrou Cristian (foto) sozinho pelo lado direito. O meia fulminou Aranha e abriu o placar aos 20 do primeiro tempo, quando o Ituano já era melhor e tinha mais a posse de bola. Poderia ser o despertar dos santistas, mas para perplexidade da torcida o cenário não se alterou.
Geuvânio e Cícero, respectivamente a revelação e o melhor jogador do Alvinegro na temporada, foram facilmente neutralizados e tiveram atuação irreconhecível. Sem ninguém para pensar a partida, o time se viu refém das esforçadas tentativas de Thiago Ribeiro e Gabriel para conseguir alguma coisa.
O Santos até teve uma oportunidade de ouro para empatar após o árbitro marcar pênalti em toque de mão de Josa na grande área. Na cobrança, Cícero mandou para a estratosfera, aumentando ainda mais o nervosismo.
Catimba. Com a vantagem no placar e neutralizando o adversário, o Ituano passou a atacar os nervos do adversário, e em diversos momentos seus jogadores se atiravam no chão alegando lesões diversas: de pancadas na cabeça a torções de tornozelo, os jogadores iam à grama e deixavam a torcida indignada. Mas quando teve a bola no pé e resolveu jogar, foi da equipe do interior a melhor chance: Rafael Silva saiu sozinho na cara de Aranha, mas bateu fraco.
Ao Santos restou o desespero, e Oswaldo colocou Rildo e Stevano Yuri para tentar reverter o placar. Exceto por uma cabeçada de Leandro Damião, o Alvinegro nada mais produziu.
O Ituano, dono da melhor defesa do campeonato, só precisa de mais 90 minutos sem sofrer gol para ser campeão.

AE

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