O vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), entregou nesta segunda-feira (07/04) à Secretaria-Geral da Mesa da Câmara carta com pedido de afastamento temporário por 60 dias do mandato de deputado federal. Vargas é alvo de denúncia de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal. Parlamentares de oposição pedem investigação da conduta do petista.
No pedido de afastamento, André Vargas afirma ter motivos de "interesse particular" para a saída temporária. A carta foi protocolada na Secretaria-Geral da Mesa às 14h08 desta segunda. O afastamento começa a valer imediatamente, sem a necessidade da assinatura do pedido pelo presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
Apesar de não perder o cargo de vice-presidente, as atribuições do parlamentar na Mesa Diretora da Casa passam para o 2º vice-presidente, deputado Fábio Faria (PSD-RN). Como o afastamento é de menos de 120 dias, não será convocado um suplente para ocupar a vaga de deputado de André Vargas.
Com o afastamento, Vargas ficará sem receber o salário de deputado, atualmente de R$ 26,7 mil. Ele também perde outros benefícios financeiros, como as verbas de gabinete.
O afastamento não impede que a Câmara abra processo de investigação contra Vargas. A previsão é que nesta segunda partidos de oposição representem contra ele no Conselho de Ética da Casa.
Na última sexta, o secretário-geral da Mesa da Casa, o servidor de carreira Mozart Vianna, deu parecer contrário ao pedido apresentado pelo líder do PSOL, Ivan Valente (SP), para que a Câmara inicie investigação contra Vargas.
Henrique Alves deverá assinar o parecer nesta segunda, confirmando a recomendação. Outro processo de investigação poderá ser aberto após nova representação que deverá ser assinada por PSDB, Democratas e PPS e apresentada ao Conselho de Ética da Câmara.
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