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dezembro 10, 2012

O turbante de Nasrudin

Nasrudin apareceu na corte com um magnífico turbante, pedindo dinheiro para caridade.
“Você veio me pedir dinheiro, e está usando um ornamento muito caro na cabeça. Quanto custou esta peça extraordinária?”, perguntou o soberano.
“Quinhentas moedas de ouro”, respondeu o sábio sufi.
O ministro sussurrou: “É mentira. Nenhum turbante custa esta fortuna”.
Nasrudin insistiu:
“Não vim aqui só para pedir, vim também para negociar. Paguei tanto dinheiro pelo turbante, porque sabia que, em todo o mundo, apenas um soberano seria capaz de comprá-lo por seiscentas moedas, para que eu pudesse dar o lucro aos pobres”.
O sultão, lisonjeado, pagou o que Nasrudin pedia. Na saída, o sábio comentou com o ministro:
“Você pode conhecer muito bem o valor de um turbante, mas sou eu quem conhece até onde a vaidade pode levar um homem”.

Paulo Coelho

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