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setembro 20, 2012

Renúncia de Joaquim Ribeiro à prefeitura de Londrina é entregue na Câmara

O advogado Paulo Nolasco, que defende o prefeito José Joaquim Ribeiro (sem partido), entregou na manhã desta quinta-feira (20/09) ao presidente da Câmara Municipal o pedido de renúncia ao cargo. Ribeiro foi preso preventivamente nesta manhã em Piçarras (SC), por determinação do Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná. Ele estava licenciado do cargo desde o dia 13 por questões médicas por dez dias.
Nolasco foi até o legislativo municipal para entregar oficialmente o pedido de renúncia. Esta medida poderá aliviar a prisão preventiva decretada, uma vez que ele foi o único com cargo público entre os denúnciados pelo Ministério Público em ação criminal que apurou irregularidades na licitação de compra de uniformes escolares pela Prefeitura de Londrina.
De acordo com Paulo Nolasco, em entrevista coletiva, a renúncia está fundamentada no fato do Tribunal de Justiça ter determinada a prisão por ele estar ocupando um cargo público. "Agora [com a renúncia] ele não vai mais cuidar dos interesses da cidade. Estava no lugar errado na hora errada e está sendo penalizado por isso. Ele já havia saído da administração e ninguém o questionou dos motivos de ter deixado o governo. Ele não voltou por voltade própria à prefeitura, mas para tapar uma situação emergencia com a cassação do prefeito Barbosa Neto (PDT)", afirmou.
Com a renúncia de Ribeiro, a expectativa é que o presidente do legislativo, vereador Gerson Araújo (PSDB) assuma o cargo, se tornando o quarto prefeito nesta atual legislatura. Por conta de um terceiro turno com a impossibilidade de diplomação de Antonio Belinati (PP), em 2008, assumiu em 1º de janeiro de 2009 o vereador José Roque Neto (PR). Em 1º de maio, após o terceiro turno, assumiu Barbosa Neto (PDT), que foi cassado em 30 de julho deste ano pela Câmara Municipal. E Ribeiro assumiu em 1º de agosto.
Porém, há duas semanas, Ribeiro confessou ao Ministério Público ter recebido propina de R$ 150 mil, quando ainda era vice-prefeito, dos empresários investigados em irregularidades na licitação para compra de uniformes escolares. Desde então, a instabilidade política foi gerada em Londrina, com entidades de classe e sociedade organizada pedindo a renúncia de Ribeiro que insistia em permanecer no cargo.
Na Câmara Municipal uma Comissão Processante foi instaurada para pedir a cassação de Joaquim Ribeiro por falta de decoro com o cargo. Desde que ele entrou em licença médica, não estava sendo localizado para ser notificado da comissão processante, o que foi realizado nesta terça-feira (18) através de edital no Jornal Oficial do Município e na imprensa local.
A ação criminal protocolada pelo Ministério Público denunciou Ribeiro, o ex-prefeito Barbosa Neto (PDT) e mais 17 pessoas, entre agentes públicos, empresários investigado e de funcionários destas empresas, por um desfalque de R$ 3,8 milhões nos cofres públicos.

(odiario.com)

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