Encontro Colin Wilson, hoje um autor inglês consagrado, no festival de Melbourne, Austrália. Conhecendo o tema de meu novo livro, ele me relembra um texto que escreveu, relatando sua tentativa de suicídio aos 16 anos:
“Entrei no laboratório de química da escola, e peguei o vidro de veneno. Coloquei num copo diante de mim, olhei bastante, reparei na cor, e imaginei o possível gosto que teria. Então aproximei o ácido de meu rosto, e senti seu cheiro; neste momento, minha mente deu um salto até o futuro – e eu podia senti-lo queimando a minha garganta, abrindo um buraco no meu estômago”.
“Fiquei alguns momentos segurando o copo em minhas mãos, saboreando a possibilidade da morte, até pensar comigo mesmo: se sou valente para me matar de forma tão dolorosa, também sou valente para continuar vivendo”.
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