O venerável Nitju aproximou-se do mestre, fez uma reverência, e sentou-se ao seu lado.
“Tenho feito as meditações, preces e os exercícios que o senhor mandou. Mas eles não ocupam todo o meu tempo, e então saio com amigos e amigas”.
O mestre não disse nada.
Nitju continuou:
“E fico com a sensação de que só metade do que faço é sagrado”.
“Você, quando está na mesa com os amigos, aplica os conhecimentos adquiridos durante as práticas espirituais?”
“Não. Apenas me divirto”.
“Então, o seu dia é inteiramente sagrado. Porque equilibra a disciplina da busca com a alegria da vida”, concluiu o mestre.
Paulo Coelho
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