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março 06, 2013

Hugo Chávez morre aos 58 anos

A morte do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, foi anunciada ontem, (05/03),  por seu vice-presidente e herdeiro político, Nicolás Maduro, após quase dois anos de luta e quatro cirurgias contra o câncer. Chávez faleceu às 16h25 locais aos 58 anos de idade, disse Maduro.
A história política de Hugo Chávez começou na fracassada tentativa de golpe contra o presidente Carlos Andrés Pérez em fevereiro de 1992. O episódio deixou 17 soldados mortos e 50 feridos. Chávez, então, fez uma aparição na TV para assumir a responsabilidade pela revolta. Nascia ali uma das figuras mais marcantes da história venezuelana, carismática com seus aliados e duro com os inimigos.
O golpe levou Chávez à prisão, de onde só saiu dois anos depois pela ordem do então presidente Rafael Caldera. Logo depois, fundou o Movimento V República, com o qual chegou à presidência pela primeira vez em 1998.
Logo no seu primeiro ano de mandato comandou uma reforma que culminou na redação de uma nova Carta Constitucional. A partir daí o mundo conheceu Chávez.
A revolução socialista proposta por seu governo colocou-o em confronto direto com a elite do país, a ponto de sofrer um golpe em abril de 2002, em ação liderada pelo líder patronal Pedro Carmona. O golpe, no entanto, não teve êxito: Chávez ficou menos de três dias longe do poder e foi reconduzido à presidência apoiado por militares leais e milhares de seguidores que invadiram as ruas do país.
Passou por referendos e eleições legislativas e presidenciais, vendo sua primeira derrota nas urnas em dezembro de 2007, no referendo que pretendia lhe conferir poderes ilimitados.
Doença
No dia 30 de junho de 2011, Chávez anunciou que havia se submetido a uma cirurgia em Cuba para retirar um tumor maligno na região pélvica. O líder venezuelano estava em recuperação na capital do país, Havana, desde o dia 10, quando passou por cirurgia para remover um abscesso. Em setembro, ele se disse livre da doença e confirmou participação na eleição de 2012, marcada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela para o dia 7 de outubro.
No fim de fevereiro de 2012, no entanto, teve de voltar a Cuba para retirar um novo tumor. Em 9 de julho, faltando pouco mais de três meses para a eleição, anunciou novamente que estava livre do câncer. No pleito de outubro, Chávez derrotou o rival Henrique Capriles e assegurou um quarto mandato presidencial, entre 2013 e 2019.
Porém, na noite do dia 8 de dezembro, o presidente venezuelano anunciou que teria de passar por uma cirurgia de emergência. Pela primeira vez, Chávez falou sobre a possibilidade de sucessão e nomeou o ministro de Relações Exteriores e vice-presidente Nicolas Maduro como seu herdeiro político.
Submetido a uma nova cirurgia em 11 de dezembro de 2012, Chávez não apareceu mais em público nem conseguiu retornar a Caracas para tomar posse no novo mandato presidencial, em 10 de janeiro. Numa manobra chavista, obteve autorização para se ausentar indefinidamente do país até que se recuperasse, e o Supremo Tribunal do país avalizou que Chávez não prestasse juramento em janeiro.
Em 18 de fevereiro, Chávez desembarcou de surpresa em Caracas e seguiu direto para o hospital militar da capital venezuelana, onde morreu ontem.
Dilma
No início de seu discurso no 11º Congresso Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, em Brasília, a presidente Dilma Rousseff lamentou a morte de Hugo Chávez. "Essa morte deve encher de tristeza todos os latino-americanos e os centro-americanos", afirmou, pedindo em seguida um minuto de silêncio em memória ao líder venezuelano.

(AE)

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