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março 02, 2013

Com alta de 0,9% em 2012, PIB de Dilma tem pior crescimento desde Collor

A presidente Dilma Rousseff encerrou os dois primeiros anos de seu mandato – 2011 e 2012 – com crescimento médio anual do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,8%. O desempenho só não foi pior que o início do governo do presidente Fernando Collor de Mello (1990-1992), que ficou em 0,25%.
Na sexta-feira, (01/03), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou que o PIB registrou alta de 0,9% em 2012, em relação ao ano anterior. Trata-se do mesmo porcentual de crescimento registrado em 2011, na comparação com 2010. O PIB é a soma de todas as riquezas produzidas pelo país no período de um ano.
Nos dois primeiros anos do primeiro e do segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, essa média foi de, respectivamente, 3,4% (2003-2004) e 5,6% (2007-2008), e nos de Fernando Henrique Cardoso, de 3,2% (1995-1996) e 2,3% (1999-2000). Já no de Collor, ficou em 0,25%.
De acordo com o professor e coordenador do Centro de Macroeconomia Aplicada da Escola de Economia da FGV-SP, Emerson Marçal, esse resultado tímido deve prevalecer neste ano. “Em 2013 o PIB não deve crescer a uma taxa alta. O cenário possível de ser traçado no momento é de um crescimento entre 2,5% e 3% em 2013”.
Considerando uma expansão do PIB de 3% este ano e de 4% no próximo, o governo Dilma fecharia seu mandato em 2014 com crescimento médio anual de 2,6%. É quase a metade dos 4% a 5% pretendidos pela presidente. E alguns economistas já desconfiam de que o porcentual de 3% não será alcançado em 2013.
No front externo a comparação também é desfavorável ao Brasil, pois embora economistas ligados ao governo geralmente associem o baixo crescimento brasileiro à crise internacional, o crescimento de 0,9% do PIB do Brasil em 2012 foi o pior entre os países do Brics – que inclui também Rússia, Índia, China e África do Sul – e ficou acima apenas do resultado na Europa.
A China, por exemplo, avançou 7,8%, enquanto a economia mundial cresceu 3,2% no ano passado. No conjunto dos países da zona do euro, a economia encolheu 0,5%. “O mais importante é que a crise foi externa, não interna. Desta vez, a crise foi produzida lá fora e tivemos resposta muito boa à crise, mas é inevitável que a economia desacelere”, comentou em Brasília o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Críticos da política econômica citam a comparação internacional para defender que fatores internos pesam mais na desaceleração da economia brasileira do que a crise externa. Mesmo na América Latina o crescimento foi maior: o PIB do México avançou 3,9% ano passado.

(Bem Paraná)

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