Depois de mais um dia de incertezas, o PT e o PDT finalmente bateram o
martelo ontem (01/07), e anunciaram o médico Haroldo Ferreira (PDT) como
vice-governador na chapa encabeçada pela senadora Gleisi Hoffmann (PT)
ao governo do Paraná. As legendas foram as últimas a formalizar a
coligação para a disputa ao Palácio Iguaçu, que contará também com
PCdoB, PRB e PTN. Aos comunistas coube a indicação de Ricardo Gomyde
para concorrer ao Senado.
No início da tarde, o presidente do PT paranaense, Enio Verri,
já dava o nome como certo. O PDT, porém, realizou mais uma reunião, com o
objetivo de referendar a escolha, e que só terminou por volta de 20
horas. O impasse se deu porque, desde o início das negociações, os
trabalhistas pretendiam indicar o nome ao Senado.
Diante da negativa do vice-presidente de Agronegócios do Banco
do Brasil, Osmar Dias (PDT), em disputar qualquer cargo majoritário, o
partido apresentou como alternativas Leo de Almeida Neves, André Bueno e
Jorge Bernardi. O vereador de Curitiba, aliás, manteve sua disposição
em concorrer, inclusive como candidato avulso, até "os 48 minutos do
segundo tempo", quando acabou cedendo. Uma reunião na tarde de hoje
entre as cinco legendas deve definir o coordenador de campanha e os
ocupantes da primeira e da segunda suplência do Senado.
"Não é fácil construir essa engenharia. São todos líderes,
parlamentares com experiência", justificou Verri. Dentro do PT, a opção
por Gomyde também enfrentou resistência. Militantes de algumas correntes
defendiam que o escolhido fosse o deputado federal Dr. Rosinha (PT) ou o
advogado Cláudio Ribeiro (PT). "Na reunião da executiva estavam
presentes 20 integrantes e a opção pelo Gomyde foi ampla maioria. É
equívoco acreditar que, quando você tem três vagas - governo, vice e
Senado -, duas ficarão com um partido só. Quem defende isso é contra a
aliança e quer se isolar do processo democrático da disputa", completou o
presidente do PT.
Conforme o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as siglas tinham
até a meia-noite do dia 30 para realizar as suas convenções, destinadas a
apontar as coligações. O prazo para o registro junto à Justiça
Eleitoral, porém, se estende até 5 de julho. Assim, os petistas devem
"fechar a ata" hoje. A ideia é apresentar a chapa completa amanhã, às 19
horas, durante a plenária do partido, em Curitiba, que contará com as
presenças da presidente Dilma Rousseff (PT) e do ex-presidente Lula.
Além de Gleisi, do governador Beto Richa (PSDB) e do senador
Roberto Requião (PMDB), outros seis candidatos ao governo estão
confirmados. São eles: o sociólogo Bernardo Pilotto
(Psol), o economista Geonísio Marinho (PRTB), o jornalista Ogier Buchi
(PRP), o servidor público Rodrigo Tomazini (PSTU), a professora Silvana
Souza (PCB) e o advogado Tulio Bandeira (PTC).
folhaweb.com.br
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