No salão de beleza, na farmácia e até na viagem de avião, o brasileiro encontrou preços mais comportados na hora de contratar serviços e pagar por muitos produtos. O resultado é que a inflação perdeu fôlego. Em maio, o IPCA - índice oficial de preços usado pelo governo - ficou em 0,36%, bem menor do que em abril (0,64%). No acumulado do ano, está em 2,24%. E nos últimos 12 meses, abaixo dos 5%.
A inflação poderia ter sido até menor, segundo o IBGE, se não fosse o preço da comida. E entre os produtos que ficaram mais caros, estão dois que dificilmente não estão no prato do brasileiro: o arroz e o feijão. O feijão, sozinho, já subiu quase 50 % este ano. Só em maio, a alta foi de mais de 9%. O arroz subiu 2%.
As causas para o aumento são uma área de plantio menor e o tempo que não ajudou. “Boa parte dos alimentos, os mais importantes na cesta básica, aumentaram absurdamente muito acima da inflação, então acaba que o preço está mais caro na prateleira. E é um produto de uso diário do consumidor brasileiro”, diz o economista Gilberto Braga.
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