O homem caminhava pela estrada de Damasco. Lembrava seu amor perdido, e sua alma estava em prantos.
“Pobre do ser humano que conhece o amor”, pensava. “Jamais será feliz, com o medo de perder a quem ama”.
Neste momento, escutou um rouxinol cantando.
“Por que você age assim?”, disse o homem ao rouxinol. “Não vê que minha amada, que gostava tanto de seu canto, já não está mais aqui ao meu lado?”
“Canto porque estou contente”, respondeu o rouxinol.
“Você nunca perdeu alguém?”, insistiu o homem.
“Muitas vezes”, respondeu o rouxinol. “Mas meu amor continuou o mesmo. E o homem sentiu mais esperança em seu caminho”.
Paulo Coelho
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