Com a destituição de Fernando Lugo, o vice-presidente Federico Franco, 49 anos, do Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA), assumiu a presidência do Paraguai, nesta sexta-feira, (22/06). Após ser tocado o hino nacional do Paraguai, Franco fez o juramento, recebeu aplausos e saudações dos presentes no Congresso paraguaio e vestiu a faixa presidencial.
Em seu discurso, já como presidente, afirmou que vai respeitar as instituições democráticas do país. "Essa transição se realiza em absoluto respeito às leis e aos tratados internacionais e não fere os princípios democráticos universais (...)Vamos respeitar o Estado Social de Direito, as instituições democráticas e o Direito Romano."
Franco disse querer governar "com a união de todos os setores e de todos os partidos políticos" e citou, com repúdio, o confronto entre camponeses e policiais, uma das motivações da abertura do processo de impeachment contra Lugo.
Sobre planos políticos, o novo presidente afirmou que vai continuar as ações de Lugo mas que é preciso "ter uma política de Estado energética" e finalizou dizendo que quer organizar o país. "Tenho vontade, tenho experiência, graças a Deus tenho saúde, mas não tenho todo o conhecimento. Quero que me ajudem e quero entregar um país mais organizado ao próximo presidente no ano que vem".
Trajetória
Franco nasceu em Assunção e exerceu a profissão de médico cirurgião por alguns anos antes de entrar para a vida política. Antes de ser vice-presidente, ele foi governador do Departamento Central entre 2003 e 2008 e prefeito da cidade de Fernando de la Mora, entre 1996 e 2001. Também atuou como vereador nesse mesmo município, entre 1991 e 1996.
Franco chegou ao cargo de vice-presidente por meio da Aliança Patriótica para a Mudança (APC), uma coalizão de vários partidos políticos, unidos com movimentos sociais e organizações civis. A intenção da APC era terminar com seis décadas de hegemonia da Asociación Nacional Republicana (Partido Colorado) no comando do país.
Na quinta-feira, 21, Franco afirmou que nem sempre esteve de acordo com as decisões de Lugo. "Não estive de acordo com o presidente Lugo em muitas de suas decisões de governo porque fui eleito, assim como ele, em 20 de abril de 2008 para administrar o país, mas ele me ignorou", disse.
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