É provável que o leitor não lembre delas, mas cada brasileiro possui, na média, 27 moedas guardadas ou esquecidas e que, por isso, deixaram de circular. Pesquisa inédita mostra que a cada quatro unidades produzidas desde 1994, uma deixou de ser usada no comércio. São 5,13 bilhões de moedas depositadas em cofrinhos ou perdidas no fundo de gavetas. De centavo em centavo, esse dinheiro soma R$ 508,3 milhões. De olho no comércio que precisa de troco, o Banco Central apela para que porquinhos sejam esvaziados.
'Os números são impressionantes', disse ontem, (23/04), o diretor de administração do BC, Altamir Lopes, ao apresentar os dados. Se o governo quisesse produzir as mais de 5 bilhões de moedas que deixaram de circular, teria de gastar R$ 1,1 bilhão. 'Isso é significativo para o País e o custo é pago pela sociedade'.
Um dos principais vilões do sumiço das moedas está em casa, parado sobre o armário ou na escrivaninha: o cofrinho. Aliás, eles nunca estiveram tão recheados. O dinheiro depositado atualmente neles daria para comprar mais de 20 mil carros populares ou 360 mil iPads 2. 'O cofrinho é um instrumento importantíssimo para a educação financeira, é uma das primeiras noções econômicas para passar aos filhos. Mas também é importante que os pais passem o dinheiro para o banco de tempos em tempos', sugere. 'A moeda no cofrinho não rende nada. Se estiver na poupança, rende'.
(AE)
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