“Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida por suas ovelhas.” Jesus é apresentado como porta porque Ele é o acesso a vida, a alternativa a morte; pastor, é o termo que descreve sua atividade com aqueles que o Pai lhe deu. Jesus não é um pastor a mais, mas Ele é o modelo, sua característica é dar a vida pelas suas ovelhas. Quem não ama até o fim de dar a vida não é pastor. Para comunicar a plenitude da vida, Jesus se doará até a morte. A vida vem comunicada somente a partir do amor, que é dom de si ao outro.
“A figura do mercenário ele não é pastor”, como antes a imagem da porta, também a figura do pastor aparecem em oposição a uma figura negativa a do “mercenário “, e em seguida na relação com os amigos. A oposição entre o “pastor” e o “mercenário”, se funda sobre as motivações: o pastor presta seu serviço por amor renunciando seu próprio interesse, disposto a dar a vida pelas suas ovelhas; o mercenário faz seu trabalho em vista do dinheiro, em caso de perigo deixa que as ovelhas morram. O “lobo” é outra figura negativa que vem para dispersar as ovelhas o seu agir é contrario ao de Jesus que veio para reunir as ovelhas.
“Eu sou o bom pastor, conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem”, antes Jesus afirmava um conhecimento pessoal, que chamava pelo nome para conduzir fora do recinto. Agora declara que entre Ele e a comunidade existe uma relação pessoal de conhecimento profundo e intimo. Conhecer Jesus que deu a sua vida pelos seus amigos e comunicou a eles seu Espírito. Por isso a expressão “conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem”, indica a relação de amor entre Jesus e os seus, criada pela participação do Espírito.
Esta relação é tão profunda que Jesus faz uma comparação a que existe entre Ele e o Pai, tendo a base na comunhão do Espírito. Assim pertencer a comunidade de Jesus não é uma afiliação externa, mas consiste na vida definitiva, no conhecer pessoalmente o Pai e o seu enviado Jesus. O seu conhecimento amor pelos seus e pelo Pai conduz Jesus a dar a vida pelas ovelhas.
Jesus descobre o horizonte da sua futura comunidade, a sua missão não se limita ao povo judeu, mas sim se estende aos outros, o amor de Deus que a realiza tem como finalidade a humanidade inteira. Os discípulos provenientes de outros povos formarão uma só comunidade com aqueles que virão de Israel, está terminado o privilegio do povo eleito, a unidade de todos vai ser verificada através do convergir ao único pastor, Jesus. Jesus forma um rebanho mas não uma instituição templo, a sua comunidade, que é universal, não está presa a nenhuma instituição nacional ou cultural, a sua base é a natureza do homem completado pelo Espírito. Dessa nascerá as sua diferentes expressões.
O desejo de Deus é dar vida a humanidade, Jesus faz seu esse desejo e assim é uma coisa só com o Pai. Jesus se entrega e assim recupera, porque dar a si mesmo significa adquirir a plenitude do próprio ser. No lugar de perder, se recupera com sua plena identidade, aquela de Filho de Deus: doando a si mesmo para participar do dinamismo do Pai, e realizando assim a condição de Filho.
Irmãos olhem a imagem do bom Pastor e juntos peçamos a graça de sermos perseverantes em nossa vida de batizados formando a comunidade de Jesus.
Pe. VALDENIR PRANDI, é Pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Itaguajé e Paróquia Santa Inês, de Santa Inês - Diocese de Apucarana (PR).
Pe. VALDENIR PRANDI, é Pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Itaguajé e Paróquia Santa Inês, de Santa Inês - Diocese de Apucarana (PR).
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