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maio 04, 2013

Brasileira Nhá Chica será beatificada pela Igreja Católica

A cidade mineira de Baependi está em festa. Neste sábado (04/05) a igreja católica vai beatificar Francisca de Paula de Jesus, que é conhecida como Nhá Chica, a mãe dos pobres, por causa dos atos de caridade e da vida humilde.
Domingo, dia de igreja cheia. Os fiéis vão de perto, de longe. A pé, a cavalo. É a devoção a uma mulher humilde, analfabeta, filha de escrava, que leva tanta gente até Baependi, no sul de Minas.
“Peço para ela bastante saúde e força para continuar essa caminhada nossa por muitos e muitos anos”, conta o comerciante Sumair Mendes da Fonseca.
Francisca de Paula de Jesus. Para os fiéis, simplesmente, Nhá Chica. Ela passou quase toda a vida em uma casa simples. Era em um quarto dessa casa que Nhá Chica rezava para Nossa Senhora da Conceição.
Ela tratava Nossa Senhora com a humildade que os negros tratavam os brancos e era nessa linguagem coloquial que ela dialogava com Nossa Senhora. Quando alguém procurava por Nhá pedindo orações, ela nunca respondia de pronto, ela dizia: “eu vou consultar a minha sinhá”.
E em homenagem à Nossa Senhora da Conceição, Nhá Chica construiu uma capela ao lado de casa. Ali, foi sepultada em junho de 1895.
Anos depois, a capela foi demolida e no lugar, foi erguida a igreja que hoje atrai uma multidão de fiéis.
“É uma santa do povo, pobre, uma mulher analfabeta, negra, então isso tudo, é uma santa brasileira mesmo”, diz a nutricionista Heloisa Sant’anna Fonseca.
As graças alcançadas com ajuda de Nhá Chica estão todas registradas. A primeira anotação nos livros é de 1955. E já são cerca de 20 mil.
Na região a fé é muito grande. A história da filha de escrava que fazia milagres foi passada de geração em geração, de boca em boca. Todo mundo aqui conhece alguém que conviveu com ela, que recebeu uma graça. E agora com a beatificação a cidade está em festa.
E um milagre foi decisivo para a beatificação de Nhá Chica: o de dona Ana Lucia. A se livrou de um problema congênito no coração. Uma cura que, segundo ela, os médicos não conseguiram explicar.
“Ele disse assim: ‘eu não sei dizer o que aconteceu com a senhora. A hipertensão pulmonar da senhora caiu, a senhora está curada’ Entrei na primeira igreja que eu encontrei, agradeci a Nhá Chica de todo meu coração”, conta a professora Ana Lucia Meirelles Leite.

(G1)

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