Os alunos da rede estadual do Paraná começam mais uma semana sem aulas, em meio à greve dos trabalhadores da
educação pública do estado. Após duas reuniões entre sindicato e
governo, ambas as partes admitem que houve avanços nas negociações, mas a
categoria ainda possui exigências não atendidas. Uma nova reunião está
prevista para esta segunda-feira (23/02).
A categoria entrou em greve no dia 9 de fevereiro, quando iniciaria o
ano letivo de quase um milhão de estudantes. Desde então, vários
servidores estão acampados no Centro Cívico, onde fica a Assembleia
Legislativa do Paraná (Alep) e o Palácio Iguaçu, sede do governo
estadual.
O último encontro entre o Sindicato dos Trabalhadores em Educação
Pública do Paraná (APP-Sindicato) e representantes do governo Beto Richa (PSDB) durou mais de seis horas, na sexta-feira (20/02). Dentre os acordos
estabelecidos nesta reunião, foi confirmada a contratação de mil
professores e pedagogos aprovados em concurso público, mas que não
haviam sido chamados.
Um dos principais entraves, porém, são os pagamentos de promoções e
progressões de carreira que estão atrasados. Enquanto os trabalhadores
exigem pagamento imediato, o governo quer postergar. “Não vamos assumir
despesas sem que haja perspectiva de receita”, afirmou o secretário
chefe da Casa Civil, Eduardo Sciarra.
Outro ponto reivindicado pelos professores é a retirada de projetos que
constavam no “pacotaço” enviado pelo governador Beto Richa à Assembleia Legislativa. Segundo o governo, o item que tratava da
fusão dos fundos de previdência dos servidores foi reavaliado, e será
reapresentado na próxima semana.
Segundo o presidente do sindicato, Hermes Leão, outros temas ficaram
pendentes para as discussões desta segunda: "Licença prêmio que tinha
sido cancelada, programa de PDE que está previsto para agosto, nomeação
de 463 pessoas, além dos que já foram anunciados, licenças para mestrado
e doutorado que ainda não tem uma orientação, redistribuição de aula
dos PSS, abertura de novas turmas e liberação de programas e projetos
que estao pendentes", resumiu.
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