Segundo os agricultores, o quilo da uva sai das parreiras a menos de R$
1,00 o quilo. O valor não é suficiente para pagar todas as despesas que
foram contraídas com a plantação. Ao preparar as parreiras, eles
imaginavam receber pelo menos R$ 3,00 por quilo da fruta. Além disso,
dizem, os compradores têm preferido uvas de outros estados, encalhando
ainda mais o estoque, que sequer foi colhido.
“É a única coisa que nos resta, já que a gente não pode ficar parado e a
gente vive disso. Não tem outra fonte de renda para sobreviver”, diz o
agricultor Gilson Tavares. De acordo com ele, a colheita antecipada da
safra recorde visa garantir a colheita da próxima safra, no fim do ano.
“Eu, com 67 anos, perdendo meu trabalho. Para ter o nome limpo tem que
aguentar”, lamenta emocionado outro agricultor, Francisco Bertussi.
O prejuízo é tamanho, conforme os agricultores, que eles sequer
conseguem doar o excesso de produção. Segundo eles, falta dinheiro para
transportar as uvas para escolas ou instituições beneficentes. Apesar
disso, eles garantem não se incomodar em fazer doações, desde que os
interessados possam pegar as uvas diretamente nas propriedades.
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