Às vésperas do conclave que vai eleger o novo Papa, o cardeal Dom Raymundo Damasceno de Assis, de 76 anos, arcebispo de Aparecida (SP), afirmou, que a origem e a idade do escolhido não importam e que "tenta afugentar o pensamento" de que pode ser votado e eleito.
O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) embarca para o Vaticano no próximo domingo (24/02) e é um dos cinco brasileiros que vão decidir o nome do líder máximo da Igreja católica em março.
Em entrevista na tarde desta quarta-feira (20/02) no Seminário Bom Jesus, em Aparecida, ele disse que a escolha de um Papa de origem latino-americana ou africana é possível e que os católicos do mundo, sobretudo os europeus, estão preparados para um Papa de fora do continente. "Para nós católicos, o Papa é o Papa, independe da origem", disse, reforçando, no entanto, que a escolha deve ter como critério principal o perfil pastoral do cardeal.
Dom Raymundo afirmou ainda que baseará a escolha em um líder aberto ao diálogo e com uma experiência pastoral que lhe credencie para o posto. Para ele, a idade do candidato só deve pesar negativamente se o cardeal visivelmente não demonstrar mais vigor físico para a missão.
No total, 117 cardeais terão direito a voto (por terem menos de 80 anos) no conclave, que elegerá, dentro da Capela Sistina, o novo Papa com uma maioria de dois terços.
Além de Dom Raymundo, os demais brasileiros concorrentes e votantes são o arcebispo emérito de São Paulo, Dom Claudio Hummes, de 78 anos, Dom João Braz de Aviz, de 65, o arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, de 63, e o arcebispo de Salvador e ex-presidente da CNBB, Dom Geraldo Majella Agnelo, de 79 anos.
Desde terça-feira (19/02), o arcebispo de Aparecida cumpre os últimos compromissos da Arquidiocese de Aparecida antes de seguir para Roma. Além de reuniões na diocese e uma missa celebrada no Santuário Nacional, o cardeal será submetido a exames de rotina na capital paulista nesta sexta-feira (22/02).
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