O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, disse nesta terça-feira (12/02) que o Papa Bento XVI, que anunciou na véspera que vai renunciar, está usando um marcapasso cardíaco "há algum tempo", mas que seu estado de saúde é bom e que ele estava "lúcido e sereno" quando tomou a histórica decisão de encerrar precocemente seu pontificado.
Bento XVI anunciou a renúncia pessoalmente, falando em latim, durante um encontro de cardeais no Vaticano, na segunda-feira. O conclave de cardeais deve escolher o novo Papa até a Páscoa, prevê o Vaticano.
O padre Lombardi disse que as baterias do marcapasso foram trocadas há três meses, em uma intervenção pequena, mas que isso não influiu na decisão da renúncia papal.
"Isso não influiu na decisão, as razões estavam na sua percepção de que sua força tinha diminuído com a idade avançada", disse.
A informação sobre o marcapasso papal, que não era de conhecimento público, havia sido adiantada pelo jornal italiano "Il Sole 24 Ore".
Lombardi também confirmou informação dada na véspera, de que Bento XVI vai manter a agenda de trabalho até dia 28, quando vai renunciar.
Isso inclui uma audiência com o presidente da Guatemala, Otto Pérez Molina, no próximo sábado (16/02).
O Papa ainda celebrará duas audiências públicas, nesta quarta (12/02), e em 27 de fevereiro.
A do dia 27 será na Praça de São Pedro, no Vaticano, para permitir que os fiéis possam assisti-la e se despedir do Papa.
O porta-voz também reafirmou que Bento XVI não vai interferir na escolha de seu sucessor, deixando os cardeais livres para decidirem. Federico disse que, após a renúncia, Bento XVI não terá nenhum papel na chefia da Igreja Católica.
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