A Câmara dos Deputados decidiu encaminhar o nome da fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns Neumann, como candidata ao Prêmio Nobel da Paz. A indicação tem a assinatura de todos os líderes e foi comunicada ao secretário-geral da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Dimas Lara. A Câmara encaminhará oficialmente o nome da médica ao Comitê Nobel da Noruega.
Zilda Arns morreu em 2010 no terremoto do Haiti, onde estava para realizar palestras e prestar ajuda humanitária. A Pastoral criada por ela já atendeu mais de 2 milhões de crianças Ela foi indicada outras vezes ao Nobel, mas ainda não foi premiada.
O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), pede que a CNBB, a sociedade civil e até o Vaticano se envolvam no lobby a favor da brasileira. "Nossa intenção é que a doutora Zilda Arns receba o prêmio por sua dedicação à paz e às pessoas. Seria um prêmio para o povo brasileiro", diz o petista. Maia lembrou que a Câmara desejava fazer a indicação já em 2010, mas perdeu o prazo de inscrição.
Além deste tema, o secretário-geral da CNBB discutiu com Maia a possibilidade de colocar na pauta a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que trata do fim do trabalho escravo. Maia ficou de conversar com os líderes para achar uma data para a votação da proposta.
A Unicef foi quem lançou a ideia da Pastoral, mas quem transformou a ideia em realidade foi a doutora Zilda, convocada para a missão pelo irmão, o cardeal emérito de São Paulo, dom Paulo Evaristo Arns. Ao longo de 27 anos, Zilda Arns construiu uma organização forte, com lideranças em todo o mundo, principalmentena Ásia e na Átrica. A Pastoral está presente em 20 países.
(Agência Estado)
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