Conforme divulgado pelo jornal O Estado de S. Paulo(21/10), na metade do eleitorado que ganha até dois salários mínimos, Dilma cresceu três pontos porcentuais na última semana. Serra perdeu mais do que isso, o que fez aumentar o contingente de indecisos nessa faixa de renda.
Ao mesmo tempo, Dilma cresceu três pontos entre católicos e evangélicos. O tucano perdeu sete pontos nesses últimos, e metade disso entre os primeiros. Novamente, aumentaram os indecisos em ambas as categorias.
O que a conjugação dessas duas variáveis mostra é que o peso da questão econômica voltou a preponderar para o eleitorado cristão mais pobre. São os eleitores que, na reta final do primeiro turno, haviam abandonado a candidatura de Dilma por causa da polêmica sobre o aborto.
Se ambos os candidatos a presidente se equivalem na questão religiosa, volta a pesar a questão econômica.
Penso que aí a Dilma leva vantagem, porque ela representa continuidade do governo Lula que vem tendo bom desempenho e que não ocorreu na experiência administrativa do tucano/Jose Serra.
Desde a semana passada, Serra perdeu a liderança entre os evangélicos. Ele tem agora 45%, contra 44% da rival. O placar era 52% a 41% para o tucano. Os evangélicos são 1/5 do eleitorado.
Nos católicos, Dilma ampliou a vantagem. Ela tinha 52% a 41%, e agora lidera por 55% a 38%. Os católicos são 60% dos eleitores.
Os outros 20% do eleitorado são formados por agnósticos, ateus e seguidores de outras religiões. Nesse segmento, Dilma perdeu quatro pontos e agora está tecnicamente empatada com Serra, que não cresceu entre eles: 43% a 41%. Aumentaram para 11% os eleitores desse grupo que pretendem anular ou votar em branco. São os desiludidos com a conversão da petista por conta das pressões religiosas.
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