A candidata do Partido Verde à Presidência da República, a senadora Marina Silva (AC) visitou, nesta segunda-feira, (12/07) o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial do Instituto de Aeronáutica e Espaço (DCTA/IEA) e a Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), em São José dos Campos, município a 200 km de São Paulo.
No sábado, Marina visitou a Represa de Guarapiranga, na capital paulista, onde reafirmou que prefere falar sobre sua plataforma de governo a criticar ou opinar sobre os outros candidatos. Segundo ela, sua plataforma está disponível à sociedade brasileira para que sejam adicionadas contribuições e a expectativa é a de um debate aberto com os diferentes setores da sociedade.
– Eu acho que os candidatos não tinham se preparado para o debate, tinham se preparado para o embate – disse.
A uma pergunta sobre sua relação com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a candidata respondeu que seu relacionamento com os movimentos sociais é de respeito, porque o país é democrático com uma Constituição que assegura o direito de movimentação e organização.
– Desde que não extrapolem o Estado Democrático de Direito, todos devem ser respeitados – acrescentou.
Sobre a opção de voto declarada durante a semana pelo presidente do MST, João Pedro Stédile, Marina Silva disse que às vezes os líderes sinalizam um caminho, mas que as pessoas são livres para fazer suas opções.
– A democracia é isso. Eu respeito todos aqueles que manifestam o voto de acordo com sua identidade e simpatias. Estou aqui para fazer o debate democrático com os outros candidatos e o diálogo de convencimento com o eleitor – disse.
Em relação ao pré-sal, a candidata defendeu cautela e disse esperar que os problemas da reforma tributária não sejam transferidos para o pré-sal. Segundo ela, é justo que haja uma partilha dos benefícios de exploração, mas essa partilha deve ser definida a partir do novo marco regulatório.
– Um marco regulatório no qual esse recurso não esteja na plataforma continental, favoreça o conjunto do país sem prejudicar os estados produtores – pontuou.
De acordo com a candidata, a discussão sobre o pré-sal está contaminada pelo processo eleitoral e deveria ter sido adiada para depois das eleições.
– Agora é o vale-tudo. Quem der o maior lance é quem ganha maior simpatia eleitoral – critica.
Para a candidata, parte dos recursos obtidos com a exploração do pré-sal deve ser destinada às políticas sociais e outra parte à tecnologia e inovação, para a pesquisa de novas fontes de energia que substituam os combustíveis fósseis.
– Temos que sair do mal necessário para o bem desejável, que são as energias limpas, renováveis, seguras. Vamos ter que sair da idade dos combustíveis fósseis não por falta deles, é porque temos que produzir a energia do século XXI, a energia da crise ambiental global que pode destruir o planeta – afirmou.
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