Não precisa olhar para outro lado, para desviar o olhar
Já providenciei para que a rua fique só sua
Pelas calçadas os paralelepípedos quebrados
o meio fio, onde as águas de chuvas escorrem
ate alcançarem as bocas de lobos, tudo limpo
Tudo livre, caminho por onde não pisarei
Lugares sem saudades, sem desejos
Ainda procuro exatamente o ponto de inicio
para poder torna-lo ponto final
E mesmo quando quero entender, porque algumas vezes
quando quis não continuar, seu olhar me alcançou,
ainda hoje não sei a razão pela qual dobrou as esquinas,
pelas quais antes, eu tentei correr
Talvez pelas mesmas razões que agora as atravesse
Não aprendi a decifrar instintos, eu apenas conheço
sentimentos e, esses agora escorrem pela boca de lobo
na linha da água de chuva, se esfolando em pedras duras
até demoradamente desaguar em algum rio
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