Após seis horas de reunião com representantes do governo, os
professores da rede estadual de ensino decidiram, nesta sexta-feira
(20/02), manter a greve geral. A paralisação entrou no 12º dia na sexta-feira. E vai durar ao menos até segunda-feira (23/02), quando haverá
uma nova rodada de negociações.
“A greve continua. Há alguns pontos pendentes na pauta financeira”,
confirmou Luiz Fernando Rodrigues, secretário de Comunicação da
Associação dos Professores do Paraná (APP-Sindicato). Segundo ele, houve
avanço em outros pontos de discórdia. A categoria vai debater o
encontro neste sábado (21/02).
A reunião de sexta-feira, no Centro Cívico, envolveu 20 pessoas,
incluindo o secretário da Educação, Fernando Xavier Ferreira, sua equipe
técnica, o presidente da APP-Sindicato, Hermes Silva Leão, e outros
representantes da categoria. A reunião, inicialmente marcada para a
parte da manhã, foi adiada para a tarde. E teve até a participação
posterior do chefe da Casa Civil, Eduardo Sciarra. Isso porque o
encontro, marcado para começar às 15 horas, pouco avançou até que o
secretário entrasse. A reunião durou seis horas e só terminou pouco
antes das 21 horas.
Na pauta financeira, havia um compromisso do governo de quitar todos
os valores atrasados a partir de terça-feira (24/02), mas de forma
parcelada. São R$ 82 milhões referentes às rescisões de contratos de 29
mil professores temporários. Há ainda o abono do terço de férias a todos
os servidores desde dezembro. A proposta do governo é de pagar R$ 12
milhões em fevereiro (para quem tirou férias em novembro e dezembro) e o
restante em março e abril, em duas parcelas iguais de R$ 72 milhões
cada. A APP insistiu para que o pagamento seja feito todo de uma só vez.
Segundo a categoria, o governo alega dificuldades financeiras para
quitar tudo.
O porte das escolas era outro ponto de controvérsia, mas nesse caso
houve avanço. Para a APP-Sindicato, a quantidade de educadores e outros
funcionários das escolas não atende mais à demanda. Seria necessário
readequar o tamanho das turmas. E também reestruturar as escolas. No
encontro, a Secretaria de Educação assumiu a reabertura de turmas –
havia 2.200 turmas fechadas. E ainda se comprometeu com a recontratação
de funcionários e professores para suprir a demanda.
Os professores vão manter o acampamento na praça Nossa Senhora do
Salete, em frente à Assembleia Legislativa. Eles estão parados desde o
dia 9 deste mês, dia em que a rede estadual de ensino deveria,
teoricamente, voltar às atividades. Ao todo, 950 mil alunos estão sem
aulas em todo o estado.
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