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agosto 01, 2013

Curitiba: Garrafa em estátua tinha manuscrito e moeda


O mistério da garrafa encontrada aos pés da estátua de Tiradentes continua após a revelação do seu conteúdo na manhã desta quinta-feira (01/08). O documento encontrado no recipiente registra a mudança de lugar do monumento em 1932 e aponta para a existência de outra “cápsula do tempo” na base onde a obra de arte estava colocada anteriormente. Este pedestal, segundo o texto, fica a cerca de 30 metros de onde foi encontrada a garrafa aberta nesta quinta. Dentro da garrafa também estava uma moeda de 100 réis. O recipiente foi encontrado na última quinta-feira (25/07), quando a estátua foi removida da Praça Tiradentes para restauro. O fato de a estátua compor a paisagem curitibana gerou muita expectativa sobre o conteúdo da garrafa.
Além da indicação da outra garrafa, o documento continha uma declaração que aponta para um deslocamento da estátua do local onde foi colocada inicialmente para onde ficou até os dias de hoje. Entre as pessoas que assinam a espécie de ata está o autor da escultura, João Turin.
A abertura ocorreu nesta quinta-feira (01/08), no ateliê João Turin, em Almirante Tamandaré, na região metropolitana de Curitiba. A entidade faz um trabalho de recuperação de toda a obra do artista, na qual está incluída a estátua da praça do marco zero da capital. Apenas jornalistas participaram da abertura, que foi alvo de grande expectativa nos últimos dias. Desde seu encontro, a garrafa mobilizou inúmeros palpites – a maioria em tom de brincadeira – sobre o que havia dentro do recipiente. Nas redes sociais, os internautas se arriscaram desde que o objeto foi encontrado com palpites sobre o conteúdo da garrafa misteriosa, a maioria em tom de brincadeira. A página no Facebook “Ser Curitibano”, após provocar os internautas e dar quatro opções de escolha para palpites, recebeu “apostas” como “um saco de pão da Padaria América” e “uma receita da Farmácias Minerva”. Os leitores complementaram com muitas brincadeiras e surgiram coisas como “o porco-cofre do Banestado” e “o mapa do tesouro do Pirata Zulmiro”.
Recuperação da obra de Turin
A estátua na qual foi encontrada a garrafa, que representa o líder da Inconfidência Mineira – Joaquim José da Silva Xavier –, fica no marco zero da capital. O monumento é apenas uma das obras feitas por Turin que fazem parte do patrimônio histórico da cidade. Integram a obra do artista espalhada pelas praças da capital a peça Luar do Sertão (a onça rugindo que fica na rotatória ao lado da sede da prefeitura) e a escultura de uma águia, na Praça Santos Andrade.
Todas essas obras serão revitalizadas como parte de um projeto do Ateliê João Turin. A intenção é restaurar todo o acervo do artista e elaborar materiais que resgatam a vida e obra do artista. Além disso, serão criados novos moldes para poder reproduzir as esculturas. Essas três estátuas originais, por exemplo, voltam para as praças em agosto, mas as cópias farão parte de exposições que vão percorrer o país e o mundo. (Gazeta do Povo)

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