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agosto 26, 2013

Apenas 36 homens trabalham como merendeiros no Paraná



A proporção pode até ser pequena, mas preparar as refeições dos estudantes das escolas estaduais não é tarefa exclusiva de merendeiras. Os homens também compõem o quadro de funcionários que trabalham nas cozinhas escolares. Atualmente, em todo o Paraná são aproximadamente 5 mil mulheres e 36 homens responsáveis pelo preparo da merenda servida aos estudantes.
Leonídio Fernandes (foto) é um dos merendeiros. Há três meses ele comanda as panelas e o cardápio servido aos alunos do Colégio Estadual Tarsila do Amaral, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. "No começo todos estranhavam de ver um homem na cozinha, mas na verdade quando você gosta daquilo que faz e faz bem feito, tudo fica mais fácil, independente se é homem ou mulher", disse Fernandes.
Em pouco tempo o merendeiro literalmente conquistou os alunos pelo estômago. As alunas Izabelle Reis, 11 anos, e Ana Caroline da Silva, 12 anos, ambas do 7º ano, afirmam que a merenda da escola é muito saborosa. "Gosto do bolo de banana que ele faz. É bem bom, mesmo", contou Izabelle. "A macarronada é um capricho", falou Ana.
No município de Mato Rico, região Centro Sul, o Colégio Estadual Adélia Bianco conta com dois merendeiros. "Às vezes as pessoas estranham um pouco, mas logo se habituam. Trabalho há 12 anos como merendeiro na escola e gosto do que faço", contou Mário dos Santos.
As nutricionistas da equipe de Alimentação Escolar da Secretaria da Educação preparam cardápios para as 2,2 mil escolas. Além da remessa convencional dos lotes de alimentos, as escolas compõem o cardápio dos estudantes também com alimentos que recebem da agricultura familiar: frutas, verduras, legumes e outras variedades.
"Encaminhamos sugestões de cardápio para facilitar o trabalho dos merendeiros e das merendeiras. Esses profissionais ajustam as receitas de acordo com a realidade de cada escola", disse a diretora de Infraestrutura e Logística, Márcia Stolarski.
EQUIPAMENTOS - Neste ano, o investimento do Governo do Estado na alimentação de 1,3 milhão de estudantes, com novos equipamentos para as cozinhas, uniformes para os cozinheiros e cozinheiras, ultrapassa R$ 90 milhões.
Entre os equipamentos, as escolas receberam fornos semiprofissionais, geladeiras e frízeres. Os dois últimos itens atendem à nova composição da merenda escolar, com alimentos entregues diretamente por agricultores familiares e também carnes congeladas que estão substituindo os enlatados.
Até o fim do ano, 100% das escolas contarão com novas geladeiras e frízeres. Até agora, a renovação destes equipamentos já beneficiou 60% das cercas de 2,2 mil escolas da rede estadual. "A alimentação escolar conta agora com alimentos frescos e que precisam de mais cuidados, por isso o grande investimento em geladeiras e frízeres", contou Márcia.
Outra medida inédita adotada é a distribuição de uniformes e equipamentos de proteção individual (EPIs) para mais de 5,4 mil profissionais que trabalham nas cozinhas das escolas estaduais.
Pela primeira vez as merendeiras receberam jogos completos com jalecos, calças, aventais de tecido e de PVC, toucas, botas e luvas plásticas e de látex. "Além da valorização dos profissionais, a ação proporciona uma vestimenta adequada e segura para as profissionais que trabalham no preparo da alimentação escolar. Consequentemente esta ação garante maior segurança e qualidade aos alimentos servidos nas escolas", falou Márcia.

(AEN)

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