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julho 30, 2012

Barbosa Neto vai hoje a julgamento político hoje, em Londrina

Hoje, (30/07), a Câmara de Vereadores de Londrina terá a sessão extraordinária mais importante da gestão do prefeito Barbosa Neto (PDT): será feita a votação do relatório final da Comissão Processante (CP) da Centronic, que pode culminar na cassação do mandato do pedetista. A sessão de julgamento promete ser tensa, já que as galerias estarão lotadas. Em entrevista no último sábado à TV Tarobá, que ouviu os seis prefeituráveis, Barbosa disse que acompanharia pessoalmente a sessão na Câmara.
São esperados 18 vereadores para a votação, já que o vereador Sebastião dos Metalúrgicos (PDT), líder do governo, está licenciado do cargo por motivos de saúde. São necessários 13 votos para cassar o mandato do prefeito - que está sendo julgado politicamente no caso Centronic, após o relatório final ter apontado infração político-administrativa por conta de dois vigias que teriam sido pagos pelo município (através do contrato entre a Centronic e a Prefeitura de Londrina), mas trabalharam exclusivamente na rádio da família de Barbosa.
Se a saída de Barbosa da Prefeitura for atípica, pela eventual cassação, combinará perfeitamente com seu ingresso, quando foi eleito em um ''terceiro turno'', em abril de 2009, após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) considerar inelegível Antonio Belinati, vencedor do segundo turno contra Luiz Carlos Hauly.
A sessão vai contar com um esquema especial de segurança, esquematizado pela Polícia Militar. O tenente coronel Samir Elias Geha, comandante do 5º Batalhão da PM, esteve na sexta-feira no prédio da Câmara para determinar quantos policiais seriam destinados para a segurança interna e externa da Casa. As ruas em volta do prédio estarão liberadas para tráfego, mas só entrarão no prédio do Legislativo as pessoas que pegaram as senhas na sexta-feira, fizeram cadastro de seu RG e estiverem portando o documento e um comprovante de residência. ''Isso é para aumentar a segurança de todos.''
Os trabalhos devem começar às 9 horas, mas as portas serão abertas às 8 horas para acomodação nas galerias. No início dos trabalhos será lido um texto bíblico - regimentalmente, após essa leitura deve-se dar posse aos suplentes, mas até o momento nenhuma foi requerida pela Câmara. Pedidos de suspeição de votos de vereadores também podem ser feitos pelos advogados do prefeito, e a assessoria jurídica ficará na Mesa Executiva para assessorar o presidente, Gerson Araújo (PSDB), nos pareceres jurídicos.
Após esses ritos, o presidente lê a denúncia e o relatório final da investigação. Pode ser lido somente o relatório final, de 20 páginas, ou o processo todo, que tem mais de duas mil páginas. Depende do pedido que será requisitado pelo advogado do prefeito. Cada vereador pode se manifestar por cinco minutos e depois o próprio chefe do Executivo ou seu advogado terão 60 minutos para apresentar a defesa. Por fim, a votação nominal aberta é chamada e cada vereador se manifesta no microfone se é favorável à cassação, contrário ou opta pela abstenção.
Se for cassado, o presidente da Câmara envia o resultado da votação à Justiça Eleitoral, para que seja dada posse ao vice-prefeito. Se o prefeito for absolvido pelos parlamentares, o processo é arquivado.

(folhaweb)

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