Em pronunciamento pelo Dia do Trabalhador, exibido em rede nacional de rádio e televisão na noite desta segunda-feira (30/04), a presidente Dilma Rousseff cobrou redução maior nas taxas de juros por parte dos bancos privados e classificou como "inadmissível" que o Brasil, com "um dos sistemas financeiros mais sólidos e lucrativos, continue com um dos juros mais altos do mundo".
"Nosso sistema bancário é um dos mais sólidos do mundo. Está entre os que mais lucraram e isso tem lhe dado força e estabilidade, o que é bom para toda a economia, mas isso também permite que eles dêem crédito mais barato aos brasileiros. [...] O setor financeiro, portanto, não tem como explicar esta lógica perversa aos brasileiros. A Selic baixa, a inflação permanece estável, mas os juros do cheque especial, das prestações ou do cartão de crédito não diminuem", afirmou a presidente no pronunciamento exibido na véspera do Dia do Trabalhador, comemorado no 1º de maio.
A presidente falou que o governo tem se esforçado para cuidar do trabalhador brasileiro e que "Faz parte dessa luta o esforço do governo para reduzir os juros". "A economia brasileira só será plenamente competitiva quando nossas taxas de juros, seja para o produtor seja para o consumidor, se igualarem às taxas praticadas no mercado internacional."
Para Dillma, "os bancos não podem continuar cobrando os mesmos juros para empresas e para o consumidor enquanto a taxa básica Selic cai, a economia se mantém estável e a maioria esmagadora dos brasileiros honra com presteza e honestidade seus compromissos".
Ela citou ainda a redução de juros anunciada pela Caixa Economia Federal e pelo Banco do Brasil e disse que as instituições "escolheram o caminho do bom exemplo e da saudável concorrência de mercado provando que é possível baixar os juros".
"É importante que os bancos privados acompanhem esta iniciativa para que o Brasil tenha uma economia mais saudável e mais moderna. É bom também que você, consumidor, faça prevalecer seus direitos, escolhendo as empresas que lhe ofereça melhores condições", afirmou.
Recursos públicos
No pronunciamento, a presidente também afirmou que o governo vai procurar utilizar os recursos públicos "sempre de forma eficiente e honesta para que a população sinta, da forma mais efetiva possível, o retorno do imposto que paga".
"Garanto às trabalhadoras e aos trabalhadores brasileiros que vamos continuar buscando meios de baixar impostos, de combater os malfeitos e os malfeitores e cada vez mais estimular as coisas bem feitas e as pessoas honestas de nosso país. Mas não vamos abrir mão de cobrar com firmeza de quem quer que seja, que cumpra seu dever. Que faça sua parte para que o Brasil cresça e todos os brasileiros cresçam juntos para que nossos trabalhadores e nossas trabalhadoras melhorem sua capacidade de produzir e de consumir."
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