Foram oito segundos entre a falha de Alessandro e a defesa que salvou o Corinthians. Cássio estava fora do gol, recuou, abriu os braços e esperou Diego Souza chutar. Esticou a mão esquerda e com a ponta dos dedos evitou uma tragédia no Pacaembu.
"Quando ele faz assim, incha, fecha o gol", disse o técnico Tite, na véspera, abrindo os braços. Ele falava sobre uma possível decisão por pênaltis na Libertadores, que Paulinho evitou ao marcar de cabeça a dois minutos do fim.
Com seu 1,95 m e a frieza digna de um Dida, o último grande ídolo do gol do time, Cássio, 24, não precisou das penalidades para ser herói. "Fiquei bem tranquilo no lance. Esperei ele definir o canto para conseguir defender."
Ele tem uma envergadura de 2,05 m, segundo Mauri Lima, seu treinador de goleiros.
O arqueiro, que herdou a vaga de Júlio César já no mata-mata, dividiu seus méritos com Mauri. "Nos treinos, ele diz que, nesse lances, pela minha envergadura, o melhor é esperar ao máximo."
Ele ainda teve sorte: a vitória também apagou alguns erros em saídas de bolas.
Após o jogo, Tite primeiro elogiou Júlio César. "Eu tenho carinho muito grande pelo Júlio. Essa concorrência técnica é salutar, é importante. Vou repetir o que disse o Alessandro: 'Quero agradecer ao Cássio e ao Paulinho, o mundo ia cair na minha cabeça'."
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