O Vaticano calcula que cerca de 2,5 milhões de pessoas vão acompanhar a cerimônia de beatificação do papa João Paulo II, programada para ocorrer no próximo dia 1 de maio.
O número foi estimado hoje, 31/01, pelo cardeal José Saraiva Martins, prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos.
Em declarações a jornalistas, o religioso comentou que o processo de beatificação de Karol Wojtyla "foi muito rigoroso" e "cumprimos, sempre, as normas canônicas em vigor".
Martins comentou que o papa Bento 16 "nunca disse nada" sobre o processo de beatificação, "limitando-se a dispensar a exigência de abrir o processo após cinco anos da morte".
A beatificação de João Paulo 2º ocorrerá seis anos após sua morte, em 2 de abril de 2005. Para iniciar o processo de beatificação, Bento 16 contrariou o Código de Direito Canônico, que prevê uma espera de ao menos cinco anos da morte.
Em 13 de maio de 2005, poucas semanas depois de ter sido eleito papa, Joseph Ratzinger anunciou sua decisão de consentir com a abertura imediata da causa canônica de Karol Wojtyla.
Em relação à escolha da data para a cerimônia de beatificação, Martins disse que João Paulo 2º "era um papa profundamente mariano, um grande devoto de Nossa Senhora de Fátima".
"Maio é o mês de Maria e das aparições de Fátima, que começaram dia 13. Wojtyla foi três vezes a Fátima e disse que o fato de não ter morrido no atentado contra ele é devido a Nossa Senhora de Fátima, que desviou o projétil", disse o cardeal.
Em 13 de maio de 1981, João Paulo II foi vítima de um atentado na Praça São Pedro, no Vaticano, quando o turco Ali Agca disparou contra o pontífice.
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