Num instante, fantasias,
Cores, sonhos, prazer, festa.
Passou, como nuvens desmanteladas pelo vento.
Foi-se minha alegria,
Amigos, farras, folia.
O que sobrou? apenas lamentos.
Há um silêncio absoluto em meu ser.
Até a lembrança mais tênue me faz despertar.
Acordo. Caio em mim.
Mas, desta vez, o “cair” me levanta.
Decido. Só existe uma maneira de prosseguir: voltando.
Ensaio desculpas, algo que me faça parecer menos tolo.
Cabisbaixo, porém resoluto,
Faço o caminho de volta,
Por estradas que para mim são velhas conhecidas.
Temo. Tremo.
Não ouso fazer afirmações sobre o futuro.
Quando mais me aproximo sinto vergonha do que me tornei;
Sou apenas uma sombra pálida do homem arrogante no dia da partida.
Estou próximo, aumenta a certeza de que nunca deveria ter partido.
Parti teu coração.
Perdi-me, quando queria me encontrar.
Encontrei-me ao perceber o quanto estava perdido.
Os perfumes da tua casa me inundam com lembranças,
Retratos olfativos de um tempo em que a felicidade morava comigo,
Apesar de ser uma ilustre desconhecida para mim.
Meu coração acelera, minhas pernas trêmulas e cansadas anseiam por chegar.
Quando percebo, antes que qualquer frase me salte da boca,
Teu abraço, que me cala a voz,
Aquece a minha alma, e te ouço sussurar:
- Tu és meu filho amado !
(Debir)
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