Muita gente busca o caminho do sacrifício e
da auto-imolação, afirmando que devemos sofrer neste mundo, para ter
felicidade no próximo. Ora, se este mundo é uma benção de Deus, por que
não saber aproveitar ao máximo as alegrias que a vida dá?
Estamos
muito acostumados com a imagem de Cristo pregado na cruz, mas nos
esquecemos que sua paixão durou apenas três dias: o resto do tempo
passou viajando, encontrando as pessoas, comendo, bebendo, levando sua
mensagem de tolerância.
E tanto foi assim que seu primeiro
milagre foi “politicamente incorreto”: como faltou bebida nas bodas de
Caná, ele transformou água em vinho. Fez isso, no meu entender, para
mostrar a todos nós que não existe nenhum mal em ser feliz, alegrar-se,
participar de uma festa – porque Deus está muito mais presente quando
estamos juntos dos outros. Maomé dizia que “se estamos infelizes,
trazemos também infelicidade aos nossos amigos”. Buda, depois de um
longo período de provação e renúncia, estava tão fraco que quase se
afogou; quando foi salvo por um pastor, entendeu que o isolamento e o
sacrifício nos afastam do milagre da vida.
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