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dezembro 07, 2014

Reflexão/Kazantzakis e Deus


Durante toda a sua vida, o autor grego Nikos Kazantzakis (Zorba, a última tentação de Cristo) foi um homem absolutamente coerente. Embora abordasse temas religiosos em muitos de seus livros – como uma excelente biografia de São Francisco de Assis – sempre considerou a si mesmo como um ateu convicto. Pois é deste ateu convicto, uma das mais belas definições de Deus que eu conheço:

“Nós olhamos com perplexidade a parte mais alta da espiral de força que governa o universo. E a chamamos de Deus. Poderíamos dar qualquer outro nome: abismo, mistério, escuridão absoluta, luz total, matéria, espírito, suprema esperança, supremo desespero, silêncio. Mas nós a chamamos de Deus, porque só este nome - por razões misteriosas - é capaz de sacudir com vigor o nosso coração. E, não resta dúvida, esta sacudida é absolutamente indispensável para permitir o contato com as emoções básicas do ser humano, que sempre estão além de qualquer explicação ou lógica”.


Paulo Coelho

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