Uma cratera se abriu no Centro Poliesportivo de Umuarama, no noroeste do Paraná,
preocupa moradores vizinhos do complexo. O buraco, que surgiu devido
erosões que apareceram na região há mais de 30 anos, acabou engolindo a
construção e uma rua inteira. O buraco, segundo a defesa Civil, tem 15
metros de profundidade,150 metros de comprimento e 30 metros de largura.
Ainda não há previsão de quando a prefeitura vai realizar obras para
conter o avanço do fenômeno geológico.
De acordo com a Secretaria Municipal de Habitação e Projetos Técnicos,
uma empresa contratada pelo município produziu um projeto técnico para
reconstruir o poliesportivo. Com um custo estimado em R$ 17 milhões, as
obras só devem começar após repasse de recursos pelo Governo Federal.
O plano de trabalho foi entregue no Ministério da Integração Nacional
no mês de junho e, na quinta-feira (21/08) era analisado pela Secretaria
Nacional de Proteção e Defesa Civil. Conforme o Órgão, o projeto está em
fase de assinatura do secretário da pasta, mas ainda não há previsão de
quando os recursos serão liberados."Sem esse suporte financeiro, a
prefeitura não deve realizar a obra, pois não possui recursos. Não
queremos fazer um serviço paliativo”, pontua o secretário municipal de
Habitação e Projetos Técnicos, Márcio Maia.
Enquanto o projeto não sai do papel, os moradores vizinhos do
poliesportivo sofrem com a possibilidade de desabamento de casas, uma
vez que a erosão pode aumentar caso chova constantemente e com
intensidade. “Antes eram dois buracos, mas agora eles formaram uma
grande cratera. Sabemos que algumas casas estão com as estruturas
abaladas por conta da erosão”, conta o morador Fernando Perassoli.
A Defesa Civil afirma que a situação não é alarmante e que os moradores
não precisam se preocupar. “Não há risco iminente de desabamento de
qualquer casa ali da região. Precisa chover muito e por vários dias para
começar a preocupar”, diz o inspetor Enivaldo Ribeiro. “A área é
monitorada com muita frequência pela Defesa Civil. Acompanhamos todas as
movimentações do terreno e inclusive se as casas podem ser atingidas
pelo avanço da erosão”, acrescenta.
Pelo projeto enviado para o Ministério da Integração, a obra deve
contar com uma nova galeria para captação da água da chuva – com
dimensões maiores do que as atuais -, com um novo canal de concreto, um
dissipador de energia do fluxo da água e novas camadas de terras serão
jogadas em cima da erosão.
G1/PR - Fotos: Arquivo pessoal/ Fernando Perassoli
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