As autoridades da Indonésia confirmaram nesta terça-feira (30/12) que os destroços encontrados por um
pescador no Mar de Java são do voo QZ-8501 da AirAsia, desaparecido
desde o último último domingo (28) no horário local, noite de sábado
(27/12) no Brasil. O Airbus A-320-200 levava 162 pessoas de Surabaia, na
Indonésia, para Cingapura.
A Agência Nacional de Buscas e Resgate do país (Basarnas) afirmou que
os pedaços da porta e de uma rampa de emergência da aeronave estavam a
cerca de 10 quilômetros da última posição registrada pelos radares.
Mais de 40 corpos já foram recuperados do mar, informou um porta-voz da
Marinha. O trabalho é feito por equipes a bordo de um navio de guerra.
Além disso, um avião militar detectou uma “sombra” no fundo do oceano,
que pode corresponder ao avião desaparecido. “Um Hércules da Força Aérea
achou um objeto descrito como uma sombra no fundo do mar com a forma de
um avião”, disse Bambang Soelistyo, chede da Basarnas.
O Ministério das Comunicações da Indonésia (Kemenhub) afirmou que o
logotipo da companhia asiática foi identificado em alguns dos objetos
localizados no mar, conforme o jornal local "Detik".
As partes do avião estão no estreito de Karimata, que separa as ilhas
de Bornéu e Belitung, próximo de uma base aérea que serviu como ponto de
decolagem para os aviões que participam da operação internacional de
busca e resgate.
Familiares das 162 pessoas que estavam no avião se abraçaram e choraram
em Surabaya, de onde partir a aeronave, ao verem na televisão as
imagens de um corpo flutuando no mar.
A confirmação ocorreu horas depois de as autoridades divulgarem que um pescador tinha encontrado vários objetos no Mar de Java. Helicópteros e navios foram enviados ao local para recuperá-los e determinar sua procedência.
O CEO da AirAsia, Tony Fernandes, escreveu no Twitter que “meu coração
está cheio de tristeza por todas as famílias envolvidas no QZ 8501. Em
nome da AirAsia, minhas condolências a todos. Palavras não podem
expressar o quanto estou triste”. A mensagem foi publicada após a
localização dos destroços.
G1 - Foto: BAY ISMOYO/AFP
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