No momento em que é rejeitada por todos como louca ou endemoninhada, Santa Teresa D'Avila encontra o jesuíta Francisco de Borja.
“Não
consigo rezar sozinha”, diz. “Preciso buscar a memória do Criador nos
campos, na água, ou nas flores. A oração para mim é um trabalho difícil,
como o de tirar água de um poço. No começo consigo pegar apenas umas
gotas, que aliviam a secura da minha alma. Mas, aos poucos, o balde vai
se enchendo, e cada vez tenho menos trabalho para regar estes campos
espirituais. Finalmente, chega um momento em que esta água se transforma
em chuva, e o Criador rega minha alma, sem nenhum trabalho de minha
parte”.
“Pois nunca deixe de ler este livro da criação”, responde
Francisco de Borja. “Ali, na natureza, o Pai escreve suas melhores
linhas”.
Paulo Coelho
Nenhum comentário:
Postar um comentário