O Papa Francisco criticou neste sábado (16/08) o que chamou de
"hipocrisia" dos religiosos que "vivem como ricos" e pediu que a
comunidade eclesiástica mantenha o voto de pobreza durante sua visita a
um centro católico de atendimento a incapacitados na Coreia do Sul.
"A hipocrisia dos homens e mulheres consagrados que professam o voto de
pobreza e, no entanto, vivem como ricos, prejudica a alma dos fiéis e
prejudica à Igreja", declarou Francisco perante quatro mil membros das
comunidades religiosas sul-coreanas no complexo de Kkottongnae, 100
quilômetros ao sul de Seul.
O pontífice também defendeu a castidade que "expressa a entrega
exclusiva ao amor de Deus", em um momento em que se propõe o
desaparecimento do celibato na Igreja Católica.
"Todos sabemos o exigente que é (a castidade) e o compromisso pessoal
que comporta. As tentações neste campo requerem humilde confiança em
Deus, vigilância e perseverança", disse o papa aos religiosos
sul-coreanos.
Posteriormente Francisco se encontrou com 150 representantes dos laicos
da Igreja Católica sul-coreana, a quem pediu auxílio para ajudar aos
pobres e esforços para que todos os cidadãos desfrutem da "dignidade de
ganhar o pão e manter suas famílias".
Também lhes instou em seu discurso a "promover os casamentos" nos
tempos atuais, que qualificou como "uma época de grande crise para a
vida familiar".
O líder do Vaticano, que iniciou na quinta-feira uma viagem de cinco dias a Coreia do Sul ,
conheceu no terceiro dia de sua visita o complexo católico Kkottongnae,
onde são atendidas milhares de pessoas com incapacidade.
Antes deste encontro com os incapacitados, o pontífice beatificou 124
mártires do país na praça de Gwanghwamun de Seul, em cerimônia assistida
por centenas de milhares de pessoas (foto).
Francisco encerrará na segunda-feira uma visita histórica por ser a
primeira de um Papa em 25 anos à Coreia do Sul, que abriga 5,4 milhões
de católicos, mais de 10 % da população.
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