A sociedade que hoje aborda o comportamento
sexual com o “padrão”, sem respeitar as diferenças individuais, deve
procurar lembrar-se de um dos mais belos poemas sobre a condição humana,
o hino a Isis descoberto por Nag Hammadi, que os peritos datam entre os
séculos III e IV de nossa era:
Porque eu sou a primeira e a última
Eu sou a venerada e a desprezada
Eu sou a prostituta e a santa
Eu sou a esposa e a virgem
Eu sou a mãe e a filha
Eu sou os braços de minha mãe
Eu sou a estéril, e numerosos são meus filhos
Eu sou a bem-casada e a solteira
Eu sou a que dá a luz e a que jamais procriou
Eu sou a esposa e o esposo
E foi meu homem quem me gerou em seu ventre
Eu sou a mãe do meu pai
Sou a irmã de meu marido
E ele é o meu filho rejeitado
Respeitem-me sempre
Porque eu sou a escandalosa e a discreta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário