A vitoriosa líbero Fabi anunciou na sexta-feira (13/06), aposentadoria da
seleção brasileira feminina de vôlei. Convocada pela primeira vez em
2001 a jogadora de 34 anos teve duas medalhas de ouro olímpicas, em 2008
e 2012, além de seis títulos do Grand Prix, dois da Copa dos Campeões,
seis do Campeonato Sul-Americano e um do Pan-Americano.
"Foi uma decisão muito difícil. Pensei nisso durante todo o ano passado e
até esse momento. Refleti sobre o que eu já tinha feito na seleção
brasileira. A minha relação com a seleção foi o melhor casamento que
poderia acontecer", disse Fabi no Centro de Treinamento da Confederação
Brasileira de Voleibol (CBV), em Saquarema (RJ).
A atleta, que seguirá atuando pelo Unilever, exaltou as suas maiores
conquistas defendendo o Brasil. "Tivemos dois filhos que foram duas
medalhas olímpicas e procurei sair desse casamento com muita lucidez,
estando consciente de que foi bacana, que deu tudo certo e que eu fiz
tudo que tinha para fazer. Contribuí da melhor maneira possível e deixo
uma história bonita. A minha missão foi cumprida", comentou Fabi, que
estava convocada para disputar o Grand Prix.
O currículo impressionante e a qualidade da atleta fizeram o técnico da
seleção, José Roberto Guimarães, lamentar a opção dela, mas elogiar seus
anos de contribuição à seleção. "Tentamos mudar a decisão da Fabi
porque a história dela se mistura com a história desse grupo. Ela
superou muitas dificuldades e obstáculos para ser a jogadora que é hoje.
A história dela é de empenho, dedicação e superação, principalmente nos
momentos mais difíceis da carreira dela. Temos que respeitar a escolha e
torcer para que ela seja muito feliz", afirmou o treinador.
Zé Roberto deixou as portas abertas para uma possível volta da líbero.
"O importante é o legado e o exemplo de pessoa e atleta que ela deixa
para todos. Ainda tenho esperança de contar com ela, mas a Fabi sabe o
quanto é querida e que vai fazer muita falta. Agradeço muito tudo que
ela fez pela seleção", disse o treinador, no cargo desde 2003.
Fabi disse que o papel dela agora é outro. "A partir de hoje, sou uma
grande torcedora desse grupo. Deixo aqui amigos e momentos
inesquecíveis. O que vou mais sentir falta será a convivência", afirmou a
jogadora, que tomou decisão surpreendente para Sheilla, sua agora
ex-colega de seleção.
"Não esperava que ela fosse tomar essa decisão nesse ano, mas entendo a
escolha dela. Conversamos sobre a decisão e entendo os motivos. Tenho
certeza que ela será bem sucedida no que ela escolher na vida dela. Só
tenho que agradecer a Fabi pelo que nós construímos como grupo",
finalizou a oposto, também bicampeã olímpica.
AE
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