O Partido Socialista Brasileiro (PSB) oficializou no sábado (28/06),
durante convenção nacional, em Brasília, a candidatura do ex-governador
de Pernambuco Eduardo Campos à Presidência da República na eleição deste ano. A legenda também
chancelou a indicação da ex-senadora Marina Silva (AC) para a vaga de
vice na chapa.
O evento partidário ocorreu a dois dias da data-limite para a
realização das convenções que irão confirmar os candidatos para a
disputa eleitoral de outubro. No mesmo ato que lançou a candidatura de
Campos, também foi confirmada a coligação "Unidos pelo Brasil", aliança
entre PSB, PPS, PPL, PRP e PHS.
Em uma votação simbólica, os delegados da coligação de apoio à chapa
formada por Campos e Marina ergueram as mãos para confirmar que
aprovavam a aliança.
No seu primeiro discurso como candidato oficial do PSB à Presidência, Eduardo Campos voltou a fazer duras críticas ao atual
modelo político e à gestão Dilma Rousseff. Ao longo dos 21 minutos de
discurso, ele se apresentou como uma via alternativa à polarização entre
PT e PSDB.
O antigo aliado do PT criticou a condução da economia brasileira, a
coalizão de partidos que governa o país e ironizou boatos de que há
risco de o programa Bolsa Família ser extinto caso a oposição vença a
eleição presidencial.
"Vamos acabar com a política rasteira do medo, da difamação, de que no
nosso governo vamos acabar com Bolsa Família. Vamos acabar é com a
corrupção, com o fisiologismo. Nosso governo vai manter estabilidade da
moeda, o Prouni, o Minha Casa, Minha Vida", disse o candidato do PSB.Marina
Chancelada para a disputa eleitoral, a ex-senadora do Acre discursou no
evento partidário antes de Eduardo Campos. Ela foi apresentada aos
militantes do PSB pelo próprio candidato a presidente.
Em sua manifestação, Marina, que é conhecida por sua militância em
defesa do meio ambiente, propôs uma política capaz de aliar o aumento
capacidade de produção com a proteção ambiental.
“Outro ponto [do nosso projeto de governo] é a necessidade histórica de
sair do modelo predatório de desenvolvimento, que, para produzir os
bens e serviços de que necessitamos, usa os recursos naturais. Temos o
compromisso com a mudança do modelo de desenvolvimento predatório para o
modelo sustentável de desenvolvimento”, enfatizou.
Segundo ela, é preciso “aumentar a produção, investindo em ciência,
tecnologia e inovação”. “Um modelo para ser sustentável precisa fazer
com que essa sustentabilidade possa acontecer do ponto de vista social,
mas também ambiental.”
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