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fevereiro 15, 2014

Corinthians e Palmeiras buscam o fim da violência



Às vésperas de um clássico, os presidentes Mário Gobbi e Paulo Nobre, de Corinthians e Palmeiras, respectivamente, promoveram na sexta-feira, (14/02), um encontro em busca da paz e deram mais um passo para tentar por fim a violência no futebol. O evento, que aconteceu no Salão Nobre do estádio do Pacaembu, pode até ser considerado histórico, mas foi apenas mais um ato simbólico.
A ideia dos dirigentes é que encontro como o desta sexta se torne corriqueiro. "Não somos ingênuos em achar que isso vai acabar com a violência. Sabemos que estamos longe de conseguir isso, mas, para completar uma maratona de 42 quilômetros, é preciso dar o primeiro passo", disse Paulo Nobre. "Odiar o torcedor adversário é insano. Espancar alguém é uma atitude selvagem", afirmou.
A pretensão é que nos próximos clássicos, inclusive com São Paulo e Santos, sejam promovidos encontros como o desta sexta. Gobbi acredita que a violência chegou ao nível máximo e, por isso, chegou a hora dos dirigentes tomarem uma atitude. "Não podemos mais ficar de braços cruzados, assistindo cenas de vandalismo e desrespeito ao ser humano. Somos adversários dentro dos noventa minutos. Nada mais do que isso".
Apesar de todo o discurso, o fato é que pouco se viu dos dirigentes em relação ao combate à violência. Nobre foi o único que ainda tomou alguma decisão. Em março do ano passado, ele rompeu relação com as organizadas, após uma confusão na Argentina, quando arremessaram uma xícara na parede e os estilhaços acertaram a orelha do goleiro Fernando Prass.
Já Gobbi, mesmo após a invasão no CT no início do mês, mantém um discurso moderado e nega qualquer rompimento com as organizadas. A postura distinta de ambos ficou clara durante o evento. "Sou oriundo de arquibancada e por isso acharam que minha postura seria branda. Não tenho nada contra organizada. Até acho que eles fazem uma festa bacana, mas existe uma minoria de maus elementos e a atitude deles afeta a torcida em um todo. Eles têm direito de vaiar, mas perdem a razão quando passam a agir com violência", lamentou Paulo Nobre.
Por outro lado, o presidente do Corinthians adotou discurso mais conciliador. "Dentro da organizada tem muita gente boa e que nada tem a ver com meia dúzia que não se comporta. Eles fazem uma festa muito bonita e continuamos abertos ao diálogo. O limite é o diálogo. Não cabe ao Corinthians finalizar isso (violência)".
Os técnicos das duas equipes também estiveram presente no evento. Mano Menezes disse que quem comanda o futebol deve dar exemplo. "Este é um gesto simbólico, mas espero que não acabe por aqui". Para Gilson Kleina, o futebol é um esporte que deveria atrair famílias e a rivalidade não pode extrapolar as quatro linhas. "A segunda-feira segue para todo mundo, aquele que vence o jogo sorri, aquele perde fica triste".

AE

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