A maioria dos deputados federais do Paraná deve concorrer à reeleição neste ano. A menos de oito meses do pleito de outubro, 23 dos 30 políticos da bancada estadual se apresentam como pré-candidatos. O número pode aumentar, já que André Vargas (PT) e Marcelo Almeida (PMDB) aguardam as formações das suas respectivas coligações para decidir que caminho seguir. O levantamento foi feito pela FOLHA, em consulta aos próprios parlamentares.
Enquanto o vice-presidente da Câmara aparece como "plano B" da chapa ao Senado, atrás do preferido Osmar Dias (PDT), o peemedebista depende da sinalização da legenda quanto à candidatura própria ao Palácio Iguaçu. A tendência é que ele também "troque de Casa" no Congresso, a menos que o PMDB opte pela aliança com o PSDB de Beto Richa ou com o PT de Gleisi Hoffmann já no primeiro turno. Eduardo Sciarra (PSD), por sua vez, confirmou que tentará a cadeira de senador, seja qual for o cenário.
Entre os cinco "desistentes", estão as únicas mulheres do Estado hoje com mandato na Câmara: Cida Borghetti (Pros) e Rosane Ferreira (PV). Presidente estadual do recém-criado Partido Republicano da Ordem Social (Pros), a primeira se dedicará ao fortalecimento da sigla, podendo ou não disputar uma eleição majoritária. "O partido tem a intenção de crescer no Brasil inteiro e ocupar os espaços, mas isso será definido mais para frente", contou. Casada com o secretário de Estado da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros (PP), ela é cotada para ser vice-governadora na chapa de Beto.
Já Rosane, que afirma ser ideologicamente contra a reeleição, será candidata ao governo do Estado. "Temos condições de pautar algumas coisas esquecidas pelos demais candidatos, por exemplo, o cuidado ambiental, a nossa Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná) e a questão da segurança pública, para além da ampliação do sistema carcerário. Tenho consciência do meu tamanho, do tamanho do meu partido, mas também sei que nós podemos contribuir", disse.
Mais veterano dos paranaenses da Câmara, com seis mandatos consecutivos, Abelardo Lupion (DEM) ensaia sua aposentadoria da política. O agropecuarista e empresário de 61 anos se diz cansado do Legislativo, devendo se dedicar a projetos pessoais. Caberá ao seu filho, Pedro Lupion (DEM), que busca a reeleição na Assembleia Legislativa (AL), dar continuidade ao "legado ruralista" da família.
Completa a lista de "futuros ex-deputados" o petista Dr. Rosinha, (foto), cuja principal crítica é o alto custo das campanhas. "Quando é (pleito) majoritário, há a sustentação econômica e financeira do partido. Mas quando é proporcional, cada candidato vai em busca do seu próprio financiamento", declarou. Em entrevista em novembro do ano passado, o petista também não descartou buscar a vaga de senador, no entanto, somente em caso de desistência de Osmar Dias. Nesse caso, ele teria de enfrentar a concorrência interna de Vargas, mais influente junto aos dirigentes do partido.
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